Abro as minhas mãos
Numa imensa flor de dedos
Imagino uma dança!
Canto uma música
E os entrelaço ...
Numa rara consonância!
De dois leques perfeitos
Sobre os ventos coloridos,
Imagino lírios do campo...
Que me abrem o caminho
As orquídeas convidam a dançar...
Irradiam felicidade e alegria...
Paz e harmonia...
Logo espreitam as açucenas
E um narciso todo vaidoso!
Venera amarílis e as mensageiras íris!
Flores primaveris
Dançam! Dançam!
Olhai os lírios do campo!
Girassóis em volta da flor de liz!
Dança! Dança uma dança!
Oh flor das estrelas e dos artistas
Oh negras tulipas!
E sobre os ventos amarelos,
Crisântemos!
Sorriem de beleza e perfeição
E os amores-perfeitos
Em perfeita comunhão
Ajoelha a violeta
E faz vénias de prata.
Tão modesta! Tão timbrada
Como a papoila solteira...
Imaginário prazenteiro!
Sobre os ventos de pó
De quem anda sempre só
As flores dançam...
Os ventos voam...
Pela brisa do horizonte...
Fecho as minhas mãos
Uma imensa flor de dedos
Feridas de espinhos
Rosas vermelhas terão brotado
Do sangue do meu amado.
Foi numa dança entre flores
Que o amor brotou ...
Quando das rosas brancas
Jorraram pétalas vermelhas!
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