quarta-feira, março 30, 2011

Broken dreams

Já tive muitos sonhos na vida, hoje são (tão) poucos!... Afinal tudo se resume a um prazo de validade...

segunda-feira, março 28, 2011

Pensamento da noite

Assim é a vida. Um recomeçar contínuo mesmo quando tudo está perdido. (J. Cronin)


(Mas mais vale um momento de plenitude, que uma vida inteira de “nada”)

quinta-feira, março 24, 2011

Time will (never) change ...

Time has changed our secrets

and the pigtails in our hair;
It has changed the silly arguments
and the giggles that we shared.


It has changed our childish happiness
to grown-up make-believe,
And leaving us with little else,
it has slowly changed
Our dreams....

Time has come along and changed
the essence of our world;
Then finally and silently,
it has changed the little girls.
But having taken away the dreams
and the simple things we shared before.

Time has led us to the lasting things
we need each other for...
Memories of moments
that were made for us to share,
The crazy laughter
that's somehow always there,

The hidden corners of our lives
only we will ever know,
And the love that becomes deeper
and sweeter as it grows.

Time changes many things
and some dreams come apart,
But nothing can reach or change
the love for you
that lives within my heart.

by Dianna Barnett



If you missed the last train...

Com ou sem pressa, o tempo passa... Ultrapassa(-nos) ... veloz. É impossível voltar atrás ...
(É preciso ser pontual, nas várias fases da vida, para não perder o comboio (que não costuma atrasar). Além disso, é preciso saber escolher o comboio certo  ...)

Atravesso a rua a correr. Tenho de comprar o bilhete. Há duas pessoas na fila. A primeira sai. Olho o comboio. Está lá! A segunda tira o bilhete. Ouço um sinal sonoro forte. Tenho o homem da biheteira a perguntar-me:
------- Diga...?
Olho o comboio. Está a deslizar.
------- Não é nada, obrigado.

É uma incrível sensação de impotência! Pois é. Acontece ...

quarta-feira, março 23, 2011

Quem não Dava a Vida por um Amor? (Reflexão)

O essencial é amar os outros. Pelo amor a uma só pessoa pode amar-se toda a humanidade. Vive-se bem sem trabalhar, sem dormir, sem comer. Passa-se bem sem amigos, sem transportes, sem cafés. É horrível, mas uma pessoa vai andando.
Apresentam-se e arranjam-se sempre alternativas. É fácil.
Mas sem amor e sem amar, o homem deixa-se desproteger e a vida acaba por matar.
Philip Larkin era um poeta pessimista. Disse que a única coisa que ia sobreviver a nós era o amor. O amor. Vive-se sem paixão, sem correspondência, sem resposta. Passa-se sem uma amante, sem uma casa, sem uma cama. É verdade, sim senhores.
Sem um amor não vive ninguém. Pode ser um amor sem razão, sem morada, sem nome sequer. Mas tem de ser um amor. Não tem de ser lindo, impossível, inaugural. Apenas tem de ser verdadeiro.
O amor é um abandono porque abdicamos, de quem vamos atrás. Saímos com ele. Atiramo-nos. Retraímo-nos. Mas não há nada a fazer: deixamo-lo ir. Mai tarde ou mais cedo, passamos para lá do dia a dia, para longe de onde estávamos. Para consolar, mandar vir, tentar perceber, voltar atrás.
O amor é que fica quando o coração está cansado. Quando o pensamento está exausto e os sentidos se deixam adormecer, o amor acorda para se apanhar. O amor é uma coisa que vai contra nós. É uma armadilha. No meio do sono, acorda. No meio do trabalho, lembra-se de se espreguiçar. O amor é uma das nossas almas. É a nossa ligação aos outros. Não se pode exterminar. Quem não dava a vida por um amor? Quem não tem um amor inseguro e incerto, lindo de morrer: de quem queira, até ao fim da vida, cuidar e fugir, fugir e cuidar?

Miguel Esteves Cardoso, in 'Último Volume'

terça-feira, março 22, 2011

Divagações...

Conhecemos alguém e apaixonamo-nos e quando nos separamos, deixa marcas para que nos lembremos da sua passagem.
Os nossos amantes esculpem-nos. Definem-nos para o melhor ou para o pior. Como num fliperama, colidimos com eles e seguimos na direcção oposta, impulsionados pelo contacto. E após a separação podemos ficar marcados, porém mais fortes, ou mais frágeis ou carentes, ou zangados ou culpados.
Nunca é imutável!
Os nossos amantes permanecem dentro de nós como fantasmas, assombrando corredores e quartos vazios. Às vezes sussurando, outras gritando, invisíveis, mas sempre ali... esperando ...

segunda-feira, março 21, 2011

O que ando a ler...

Na vida de toda a gente há braçados floridos dessas tolices sem importância. Só a raros eleitos é dado o milagroso dom de um grande amor. Eu teria muita pena que o destino não me trouxesse esse grande amor que foi o meu grande sonho pela vida fora. Devo agradecer ao destino o favor de ter ouvido a minha voz. Pôr finalmente, no meu caminho, a linda alma nova, ardente e carinhosa que é todo o meu ampa­ro, toda a minha riqueza, toda a minha felicidade neste mundo. A morte pode vir quando quiser: trago as mãos cheias de rosas e o coração em festa: posso partir contente.



Um dos muitos pensamentos contidos no livro «Citações e Pensamentos de Florbela Espanca»

Know Who You Are At Every Age




É novamente Primavera...

domingo, março 20, 2011

Ouvindo ...



Divagações ...

Seria assim ... uma noite, e/ou noite após noite!

 Mas hoje ainda não é a noite ...

quinta-feira, março 17, 2011

quarta-feira, março 16, 2011

Efeméride

Faz hoje 18 anos que Natália Correia nos deixou.


A Arte de Ser Amada

Eu sou líquida mas recolhida
no íntimo estanho de uma jarra
e em tua boca um clavicórdio
quer recordar-me que sou ária

aérea vária porém sentada
perfil que os flamingos voaram.
Pelos canteiros eu conto os gerânios
de uns tantos anos que nos separam.

Teu amor de planta submarina
procura um húmido lugar.
Sabiamente preencho a piscina
que te dê o hábito de afogar.

Do que não viste a minha idade
te inquieta como a ciência
do mundo ser muito velho
três vezes por mim rodeado

sem saber da tua existência.
Pensas-me a ilha e me sitias
de violinos por todos os lados
e em tua pele o que eu respiro
é um ar de frutos sossegados.

Natália Correia, in "O Vinho e a Lira"

terça-feira, março 15, 2011

(Elogio) da distância

(Na verdade) Poucas pessoas nos conhecem ... (n)a essência ...


«Na fonte dos teus olhos
vivem os fios dos pescadores do lago da loucura.
Na fonte dos teus olhos
o mar cumpre a sua promessa.

Aqui, coração
que andou entre os homens, arranco
do corpo as vestes e o brilho de uma jura:
Mais negro no negro, estou mais nu.

Só quando sou falso sou fiel.
Sou tu quando sou eu.
Na fonte dos teus olhos
ando à deriva sonhando o rapto.

Um fio apanhou um fio:
separamo-nos enlaçados.
Na fonte dos teus olhos
um enforcado estrangula o baraço.

Paul Celan, in "Papoila e Memória"
Tradução de João Barrento e Y. K. Centeno

domingo, março 13, 2011

O Amor é (in)evitável?

« O amor é de outro reino. (...) Da amizade, do amor, do encontro de duas pessoas que se sentem bem uma ao lado da outra, fazendo amor, falando de amor, trocando amor, conversando de amor, falando de nada, falando de pequenas histórias código de ministros com aventuras de aventuras sem ministros conversa alta e baixa de livros e de quadros de compras e de ninharias conversas trocadas em miúdos ouvindo música sem escutar música que ajuda o amor o amor precisa de ajudas de ir às cavalitas de andas de muita coisa simples amor é um segredo que deve ser alimentado nas horas vagas alimentado nas horas de trabalho nas horas mais isoladas amor é uma ocupação de vinte e quatro horas com dois turnos pela mesma pessoa com desconfianças e descobertas com cegueiras e lumineiras amor de tocar no mais íntimo na beleza de um encanto escondido recôndito que todos no mundo fizeram pais de padres mães de bispos avós de cardeais amor agarrado intrometido de falus com prazer de alegria amor que não se sabe o que vai dar que nunca se sabe o que vai dar amor tão amor.
(O Amor) É inevitável, faz parte da combustão da natureza, é força, mar, elemento, água, fogo, destruição, é atmosfera, respira-se, quando se morre abandona-se, o amor deixa, fica isolado, é um elemento, come-se, bebe-se, sustenta pão, pão diário para rico e pobre, pão que ilumina o forno do amassador, aparece nas condições mais estranhas, bicho que nasce, copula dentro de si mesmo, paira, espermatozóide e óvulo, as duas coisas ao mesmo tempo, amor é assim outro elemento fundamental da natureza, as pessoas vivem tanto com o amor, ou tão alheias do amor, que nem notam, raro percebem que o amor existe, raro percebem que respiram, que a água está, é indispensável, ninguém pode viver alheio aos elementos, ao amor. »

Ruben Andresen Leitão, in 'Silêncio para 4'

sexta-feira, março 11, 2011

Alcançar a estrela inatingível: a minha busca

« Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha juntos é o começo da realidade.»

D. Quixote

quarta-feira, março 09, 2011

sexta-feira, março 04, 2011

(su-po-si-ção)

Significado de Suposição

s. f. Acto ou efeito de supor; conjectura, hipótese.
Opinião formada sem provas certas e positivas: suposição gratuita.
Aquilo que se pensa sem ter a certeza: uma suposição errada
«Acendo um cigarro ao pensar em escrevê-los
E saboreio no cigarro a libertação de todos os pensamentos.
Sigo o fumo como uma rota própria,
E gozo, num momento sensitivo e competente,
A libertação de todas as especulações
E a consciência de que a metafísica é uma consequência de estar mal disposto »

 Álvaro de Campos in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa

Des(sintonia) ?

Uma coisa é o amor, outra é a relação. Não sei se, quando duas pessoas estão na cama, não estarão, de facto, quatro: as duas que estão mais as duas que um e outro imaginam.

António Lobo Antunes

Amores perfeitos





Os meus!!!


E a não minha papoila ...

quinta-feira, março 03, 2011

quarta-feira, março 02, 2011

Constatação

(sei que) Não sou  a princesa de alguém, mas no meu reino sou rainha ...

terça-feira, março 01, 2011

Sem mais quero (apenas) dormirrrr ...
.. e Sonharrrrr ...

Divagações sobre... pessoas

As três qualidades que me agradam mais: gentileza, moderação e humildade...
(não sou por isso de meias-tintas ou meias-verdades... daí o ser tudo tão previsível...)

Sabe bem...

Nunca lidei muito bem com elogios, não sei porquê mas fico sempre sem saber o que dizer, como agir a seguir, ou melhor confrangida, no entanto confesso que passado este primeiro impasse - a minha falta de jeito - fazem-me sentir bem na minha completa simplicidade diacrónica ...