segunda-feira, fevereiro 27, 2012

Bring On The Night

Frase do dia

"A verdade de um homem é em primeiro lugar aquilo que ele esconde"


Malraux, André

(mesmo sem saber, eu já sei...)


sexta-feira, fevereiro 24, 2012

A good reason



PS: Queria saber tocar viola e afinar os acordes da vida... mas não sei...

quinta-feira, fevereiro 23, 2012

quarta-feira, fevereiro 22, 2012

Viver é uma ... grande cambalhota ...

Viver é... Viver é uma peripécia. Um dever, um afazer, um prazer, um susto, uma cambalhota. Entre o ânimo e o desânimo, um entusiasmo ora doce, ora dinâmico e agressivo.

Viver não é cumprir nenhum destino, não é ser empurrado ou rasteirado pela sorte. Ou pelo azar. Ou por Deus, que também tem a sua vida. Viver é ter fome. Fome de tudo. De aventura e de amor, de sucesso e de comemoração de cada um dos dias que se podem partilhar com os outros. Viver é não estar quieto, nem conformado, nem ficar ansiosamente à espera.

Viver é romper, rasgar, repetir com criatividade. A vida não é fácil, nem justa, e não dá para a comparar a nossa com a de ninguém. De um dia para o outro ela muda, muda-nos, faz-nos ver e sentir o que não víamos nem sentíamos antes e, possivelmente, o que não veremos nem sentiremos mais tarde.

Viver é observar, fixar, transformar. Experimentar mudanças. E ensinar, acompanhar, aprendendo sempre. A vida é uma sala de aula onde todos somos professores, onde todos somos alunos. Viver é sempre uma ocasião especial. Uma dádiva de nós para nós mesmos. Os milagres que nos acontecem têm sempre uma impressão digital. A vida é um espaço e um tempo maravilhosos mas não se contenta com a contemplação. Ela exige reflexão. E exige soluções.

A vida é exigente porque é generosa. É dura porque é terna. É amarga porque é doce. É ela que nos coloca as perguntas, cabendo-nos a nós encontrar as respostas. Mas nada disso é um jogo. A vida é a mais séria das coisas divertidas.

Joaquim Pessoa, in 'Ano Comum'

Como uma onda ...

Adoro o mar, aliás vejo a vida como o mar,  umas vezes agitado outras vezes calmo e sereno, mas sempre profundo.

Por vezes sentimos a falta de algo, outras vezes sentimos excesso...
Um dia sentimos que não temos nada para fazer, no dia seguinte que não temos tempo para nada.
Às vezes não nos apetece fazer nada para comer, outras temos o prato cheio e não sentimos fome.
Umas vezes temos dinheiro para os pequenos prazeres da vida, outras não chega nem ao fim do mês.
Uns dias sentimos que estamos cheios de energia e no dia seguinte estamos tão cansados que mal nos conseguimos levantar...
Num dia somos o centro das atenções e no dia seguinte sentimo-nos desprezados e/ou ignorados...

São as ondas da vida
Umas vezes carregam-nos para cima, outras para baixo...

Tudo na vida se altera: os amigos, os amores, as tristezas, as alegrias, as certezas e as incertezas ....
Tudo vai e vêm como as ondas do mar que batem na areia, enrolam e voltam a desenrolar.

Por momentos pensamos que nos vamos sentir mais felizes se comprarmos um carro novo, uma casa, sentimos uma emoção especial quando pensamos que vamos ter algum "bem" material novo, mas não passa de uma onda que nos trouxe ao de cima e quando menos esperarmos a onda desfaz-se e a emoção desaparece envolta num manto de vazio, tristeza e até futilidade.
Achamos sempre que o dinheiro trás felicidade e que as pessoas com mais posses não sentem infelicidade nem solidão, tristeza ou amargura, mas aos poucos vamos-nos apercebendo que não é bem assim!..
A vida está cheia de coisas que o dinheiro não pode comprar, coisas tão simples que nos fazem sorrir, sentir e vir ao de cima, como o carinho de alguém, um telefonema na hora certa, um e-mail, uma conversa banal, um sorriso, um abraço apertado num momento de insegurança ou incerteza!

São as ondas da vida!
Umas vezes carregam-nos para cima e outras para baixo!

Às vezes sentimo-nos atirados às pedras pelas ondas e mergulhamos bem fundo, por baixo de tempestades, ventanias fortes em busca da paz e muitas vezes acabamos por (quase) nos afundar sem termos forças para vir ao de cima.
Alguns simplesmente fazem surf nas ondas divertem-se e raramente se sentem afogar!
Outros não aguentam a luta contra ventos e marés e acabam mesmo por se deixar arrastar pela força das ondas...

São as ondas da vida!
Que ninguém consegue parar!

Na vida,  apenas nós podemos (tentar) escolher a melhor forma de lhe fazer frente.
Para atravessar as ondas com alguma segurança precisamos de um navio, um navio que não conseguiremos tripular sozinhos, precisamos de companheiros, amigos, parceiros com quem poderemos dividir as tarefas, só que essa tripulação terá que ser escolhida por nós ... se conseguirmos escolher a tripulação certa certamente todas as ondas serão vencidas com mais determinação e alegria.
Temos de estar, no entanto, conscientes que por vezes, a meio da viagem alguns tripulantes abandonam o barco, por momentos ou para sempre.! A dor de os ver partir é tão forte que achamos, já não ter forças para seguirmos viagem e então pensamos encostar num porto qualquer e nunca mais nos fazermos ao mar!
Só que a vida não pára de girar, apenas porque o nosso coração está estilhaçado e então (pros)seguimos.
Num momento de cansaço ou para repensar a nossa vida paramos num outro porto e ai encontramos novos tripulantes dispostos a fazerem-se ao mar connosco e dessa forma voltamos a içar as velas e mesmo que não consigamos fazer frente à direcção dos ventos podemos ajustar as velas e seguir o nosso caminho com menos dor e mais alegria. Um sorriso volta a surgir no nosso rosto!

São as ondas da vida que nos fazem viver e sobreviver às tempestades e a ventos menos favoráveis, sozinhos será mais difícil, mas com sorte encontraremos sempre alguém disposto dar-nos carinho, amor, amizade..
De que estão à espera para convocarem a vossa tripulação e fazerem-se ao mar da vida?! Mesmo que seja uma tripulação pequena ela poderá sempre crescer ao longo do tempo, mas contem sempre com algumas modificações no percurso da vossa viagem... e também desistências...
Boa viagem e boas ondas!

segunda-feira, fevereiro 20, 2012

Divagações ...

Quantas vezes já peguei na caneta e a voltei a pousar. Tenho tanto para dizer, mas ao mesmo tempo nada.
Volto a pegar na caneta com a mesma força com que agarro a mão. Essa mesma força com que guardo as chaves, de uma porta que está bem fechada.

E escrevo, porque quero sentir as explosões de sentidos, sons e cores,  os acordes de uma noite que (por vezes) me chama.

Auto-retrato

Não me prendo a nada que (não) me defina...
Sou companhia, mas posso ser o gosto da solidão...


Tranquilidade e turbilhão, pedra e coração...
Sou abraço, sorriso, (des)ânimo, bom humor, preguiça e sono...
Música alta e silêncio...
Serei o que tu quiseres, mas só quando eu quiser!
Não me limito, nem sou cruel!
Serei sempre apego pelo que vale a pena e desapego pelo que não quer valer…
Suponho que entender-me não é só uma questão de inteligência, mas sim de sentir, de entrar em contacto...

Ou toca, ou não toca...



terça-feira, fevereiro 14, 2012

(looking) back

Naquele dia podia ter-te dito que o nosso amor já não me fazia nem viver nem respirar, mas ao invés preferi o silêncio. Não sei porquê...
Há coisas em nós que desconhecemos ou que queremos desconhecer, como se um outro eu, poderoso, comandasse mais do que nós. Deve ser o medo, ou esta educação filha da puta que tivemos, ou as duas coisas.
Também nunca te disse - ou disse ?- que nunca gostei ...de viver na tua loucura, no teu egoísmo, nas tuas desculpas. Não sei como é que se entende que aquele que é suposto amar-nos (?), e que também supomos amar, nos olhe com tamanha indiferença, e que em nome desse amor, alguém nos faça tanto mal...
Claro que a verdade tem dois caminhos, dirias tu. Quanto a mim, sei-o agora, confundi solidão com estar-se só. E, de certa maneira, morri. Morri lentamente. Morri ao longo de sete intermináveis anos. Longos, tão longos. Se calhar, pensas que te culpo... Agora já não! Nem a mim. Agora também já não me culpo a mim.
A capacidade de nos perdoarmos é a única forma que temos de nos libertar. Assim é.
E tu? Já te perdoaste? (Dei-te tudo quando tu pediste nada... deste-me nada quando eu pedi tudo...)


[Sabes, às vezes dói-me a boca, ou a pele, tanto faz, e as madrugadas tornam-se frias.
E mesmo quando as tuas mãos vêm ao meu encontro, a memória do caos e da dor insiste em permanecer, cruel, solitária, a lembrar-me o medo e o desespero das horas vazias. E choro. E se finalmente adormeço no calor dos teus braços, fica-me a sensação de te ter amado tão pouco...]

segunda-feira, fevereiro 06, 2012

Em (des)construção

Há sempre um momento em que precisamos parar e (re)pensar o que queremos fazer com as nossas vidas ou simplesmente descobrir um significado para a mesma. Neste momento estou a passar por um período desses, de mudança, onde preciso acima de tudo pensar em mim e descobrir o que quero, ou não fazer daqui para a frente!
Até ver ... espero voltar renovada e cheia de entusiasmo ...

sexta-feira, fevereiro 03, 2012

Feeling ...



PS: A verdade é que lhe tomei o gosto


quinta-feira, fevereiro 02, 2012

Por dentro

Tento ser coerente no meu dia-a-dia, não sou impulsiva por natureza, embora isto não signifique que não seja espontânea...
Vou dormir sobre o assunto... amanhã resolvo... esta trapalhada ...


 PS: O mundo é como uma laranja, uma peça em constante desdobramento...

Pensamento do dia

Os meus últimos dias foram ... A única palavra que me ocorre é

SURREAL...
do francês surréel:


1. Que apresenta características próprias do surrealismo. = SURREALISTA

2. Que causa ou denota estranheza, não pertencendo à esfera do real. = ABSURDO, BIZARRO, ESTRANHO

3. Aquilo que está para além do real.


4. Inimaginável, inexplicável, diferente ao extremo.









(que mais me irá acontecer?!!!)

quarta-feira, fevereiro 01, 2012

(in)Verso

«Todos os dias agora acordo com alegria e pena.

Antigamente acordava sem sensação nenhuma; acordava.
Tenho alegria e pena porque perco o que sonho
E posso estar na realidade onde está o que sonho.
Não sei o que hei de fazer das minhas sensações.
Não sei o que hei de ser comigo sozinho.
Quero que ela me diga qualquer cousa para eu acordar de novo.»

{Alberto Caeiro - O Pastor Amoroso}



Momento do dia

Receber flores, pode se revelar uma autêntica dor de cabeça!


Mas que são lindas, são!

Paff, puff, poff, pifada

Passamos grande parte da nossa vida a (sobre)viver! (Se eu conseguir sobreviver a este dia já não é mau...)
Sobrevivemos nos dias mais difíceis, por vezes nem vemos uma saída plausível possível, sobrevivemos ao cansaço e ao stress do dia-a-dia, à falta de esperança em dias melhores....
Sobrevivemos às más notícias ou aquelas que não gostamos nada de ouvir, à falta de sono, à monotonia, à apatia, ao vazio, à nostalgia , à smelancolia, à saudade, à tristeza, à falta de amor; às perdas... Sobrevivemos a tudo e mais alguma coisa.... Sobrevivemos com crises à crise (da vida) ...
E muitas vezes (quase sempre), (in)justamente para connosco, achamos que poderíamos estar melhor, que poderíamos ter feito mais, que somos os culpados da falta de coragem ou iniciativa para viver e não meramente... SOBREVIVER.
Achamos que nada de realmente importante e especial, ou bom, acontece na nossa vida.... Esquecemo-nos de que o facto de sobreviver a tanto - e ser tão perseverantes, o não cair assim com tanta facilidade, a continuar com a cabeça erguida ainda, com um sorriso aqui, uma lágrima acolá - faz de nós, de algum modo, vencedores ...
E como se isto não fosse razão por si mais do que suficiente para nos sentirmos felizes, então não sei o que poderia ser mais...
No fim de contas sentirmo-nos vivos por dentro não exige assim tanto de nós...
Apenas um pouco de paciência para com as voltas e reviravoltas da vida...
E acima de tudo ter fé.... esperança... e capacidade para seguir em frente...
Exige, acima de tudo, que ainda saibamos o que é realmente importante para nos sentirmos VIVOS.