Noite fria de outono, o desencontro, o desagrado, um cálice de vinho sobre a mesa e no ar a certeza de amar por toda uma vida. Uma fresta nessa verdade abala as juras de amor.
Há o cheiro da saudade, não se sabe de onde, nem de quando. Veio de mansinho com o vento, deixando inquietude. Um intumescimento, a todo o tempo, denuncia as ansiedades do corpo.
Na expressão confusa, das necessidades dos abusos. Um assume, o outro recusa, as atitudes.
Uma lágrima cadente, deixa-me antever o protesto e deito-me descontente.
Os desejos tornam-se lassos, esmorece o meu manifesto.
O cansaço, o desabraço ... e sempre o vazio.
A alvorada, por esse nada, tentará desfazer o laço. E até nos acharmos vai ser fácil enfrentar o vazio, de nos dividirmos em cacos. Aquietamos...
Se arrependimento matasse, provavelmente, morreríamos abraçados em juras de amor para sempre.... Mas a sensação é de que as paisagens secaram e que não encontro ninho...
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