terça-feira, fevereiro 17, 2009

Há dias ... e dias


Há dias em que me farto das palavras,
Do falar.
Há dias em que me farto de conversas,
De perguntas,
De respostas.
Há dias em que me farto de tons acusatórios,
De surpresa,
De alegria,
De tons e sons de todos os tipos.
Há dias assim...
Há dias em que me bastam olhares, perfumes e sorrisos.
Há dias em que se me dessem a mão bastava.
Há dias em que (me) re(s)colho (n)o silêncio.

O silêncio.
O silêncio amanhecido em nós
O silêncio envelhecido em nós.
O silêncio que passou por nós,
Enquanto eu e tu fomos
Já não somos nós
Foi usado, abusado e dominado.
Só tu sabes as histórias que o meu silêncio conta,
Só tu sabes a que o meu silêncio sabe.
Só tu sabes o meu silêncio de cor
Como o meu corpo,
Como as minhas mãos,
Como os meus olhos.
E.. eu..
Só eu sei o teu silêncio…
Como juras de amor.
Só eu compreendo o que me dizes sem palavras,
Bem baixinho, quase adivinhado ao ouvido.

Hoje, se pudesse,
Era isso que escolhia
Esse silêncio duro,
Esse amor puro,
Esse nós.
Esse nó
Mas hoje não te tenho aqui...
E corto o silêncio com uma música,
Daquelas que me lembram de ti...
(este post estava em rascunho - esquecido - desde o dia 03-02-2009)

3 comentários:

Eduardo Trindade disse...

Que beleza esse poema! Eu me encantei com a musicalidade e o sentimento de versos como esse:
"Só tu sabes as histórias que o meu silêncio conta".
Ah, são tantos anseios, e tantos silêncios que, se pudessem, diriam tanto!
Abraços!

Blue Moon disse...

nina, apenas uma palavra:

maravilhoso

Bjs

Piloto Automatico disse...

Minha cara, tu escreves!
Bjs
F