terça-feira, fevereiro 03, 2009

Carta ao futuro (ou o que eu vou querer dizer-te)


Sopra-me silêncios ao ouvido
Canta-me canções de embalar
E dá-me beijos
(desses teus)
Com a palma da mão
Encosta a tua testa na minha
E deixa que o mundo passe por nós
Sem nos reconhecer,
Ora porque não quer,
Ora porque não nos vê,
Ora porque nós não o vemos a ele
Porque não queremos,
Porque não podemos,
Porque não nos apetece,
Porque NÃO
Porque SIM.
O mundo não (nos) interessa.
Gosto de sentir os teus joelhos
Presos nos meus joelhos
Que estão presos nos teus.
E da ponta dos teus dedos
No meu cabelo
E gosto ainda de quando os teus olhos
Estão tão perto dos meus
Que nem consigo bater as pestanas
Com medo de que fujas de repente
Se fechar os olhos
Nem que seja por um segundo...

7 comentários:

Blue Moon disse...

Nina, Adorei este texto. Como escreves bem.....

Bjs

Blue

VIAJANTE DO MAR disse...

Belo Texto!
Mana, preciso que me expliques o tal jogo... perdi-me completamente. :(

Beijos

nina disse...

Para poderes responder a esse desafio tens de pensar em 8 desejos (teus) para 2009, comentares no blog de quem te desafiou e convidares 8 bloggers para eles responderem por sua vez!

Smootha disse...

Lindo!
Acho que mais dirias se existissem palavras para o descrever.
Beijo

Anônimo disse...

Reflecti, reflecti e acho que falta aí o mais importante: Constância!

Beijinho, Nina

Anônimo disse...

Parece que estou... Safo

Anônimo disse...

"Semelhante aos deuses parece-me que há de ser o feliz
mancebo que, sentado à tua frente, ou ao teu lado,
te contemple e, em silêncio, te ouça a argêntea voz
e o riso abafado do amor. Oh, isso - isso só - é bastante
para ferir-me o perturbado coração, fazendo-o tremer
dentro do meu peito!
Pois basta que, por um instante, eu te veja
para que, como por magia, minha voz emudeça;
sim, basta isso, para que minha língua se paralise,
e eu sinta sob a carne impalpável fogo
a incendiar-me as entranhas.
Meus olhos ficam cegos e um fragor de ondas
soa-me aos ouvidos;
o suor desce-me em rios pelo corpo, um tremor (...)

Σαπφώ