Escrevo missivas
Da qual sou mera destinatária
Nas minhas neuroses passivas
Busco mares e ilhas lendárias
Nas entrelinhas um frio de desespero
Junto palavras a palavras
Nem sei porque o faço ou espero
Das "poesias" faço arrados e lavras
Nada semeio a não ser o meu anseio
Um jardim que nunca chega a vingar.
Deserto, imenso, seco e árido
Sem primavera para se anunciar
Tempestades de areia num vento tórrido
Nada faz sentido em mim
Somente as palavras ...
Negras ou em branco
Escritas ou apenas imaginadas
A maior parte nem publicadas
Pedaços de mim em mim
Teias, laços, sangue, lágrimas, entranhas
Vendaval de cogitações estranhas
Assim sou eu ...
Um comentário:
Palavras... de mim... para mim...
são sempre palavras...
Bjs
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