TSUNAMI
Feito Tsunami
Vieste de repente
Sem aviso
Nem pressenti o perigo
Bateste-me de frente
Para minha surpresa
Fiquei confusa
Não estava à espera
Abalaste a minha estrutura
Agistaste-me e sacudiste-me
Enredada num turbilhão
Faltou-me a razão
Dei por mim aturdida
Primeiro perdida
Depois meio morta
Deixaste-me sem remorso
Bateste a porta
Cai neste fosso
Tentei reagir
Tentei fugir
Juro que tentei
Tentei esquecer
Tentei viver ou apenas sobreviver
Desde aí ...
Procuro amar... Queria amar!
Embora pese o preço a pagar
Mas a dor de me (poder) magoar ...
Tento ... queria deixar
Dar o benefício da dúvida à vida
Porque quem quase está a morrer
Ainda vive!
Quem está quase a viver
Já morreu!
3 comentários:
Caro Amigo lamento informá-lo que este poema foi escrito precisamente em 02/02/05. Pretendia ser uma metáfora entre o que aconteceu comigo no dia 26/12/2004 e nesse exacto dia e momento com o Tsunami.
... e será que há coincidências?
Belo poema Nina.
Bjs
Talvez a única coincidência... seja a data. Para mim ficará, eternamente, impregnada, gravada e impresssa no meu peito...
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