quarta-feira, janeiro 03, 2007


TSUNAMI


Feito Tsunami

Vieste de repente

Sem aviso

Nem pressenti o perigo

Bateste-me de frente

Para minha surpresa

Fiquei confusa

Não estava à espera

Abalaste a minha estrutura

Agistaste-me e sacudiste-me
Enredada num turbilhão
Faltou-me a razão

Dei por mim aturdida

Primeiro perdida

Depois meio morta

Deixaste-me sem remorso

Bateste a porta

Cai neste fosso

Tentei reagir

Tentei fugir

Juro que tentei

Tentei esquecer

Tentei viver ou apenas sobreviver

Desde aí ...

Procuro amar... Queria amar!

Embora pese o preço a pagar

Mas a dor de me (poder) magoar ...

Tento ... queria deixar

Dar o benefício da dúvida à vida

Porque quem quase está a morrer

Ainda vive!

Quem está quase a viver

Já morreu!




3 comentários:

nina disse...

Caro Amigo lamento informá-lo que este poema foi escrito precisamente em 02/02/05. Pretendia ser uma metáfora entre o que aconteceu comigo no dia 26/12/2004 e nesse exacto dia e momento com o Tsunami.

VIAJANTE DO MAR disse...

... e será que há coincidências?
Belo poema Nina.

Bjs

nina disse...

Talvez a única coincidência... seja a data. Para mim ficará, eternamente, impregnada, gravada e impresssa no meu peito...