Passamos grande parte da nossa vida a (sobre)viver! (Se eu conseguir sobreviver a este dia já não é mau...)
Sobrevivemos nos dias mais difíceis, por vezes nem vemos uma saída plausível possível, sobrevivemos ao cansaço e ao stress do dia-a-dia, à falta de esperança em dias melhores....
Sobrevivemos às más notícias ou aquelas que não gostamos nada de ouvir, à falta de sono, à monotonia, à apatia, ao vazio, à nostalgia , à smelancolia, à saudade, à tristeza, à falta de amor; às perdas... Sobrevivemos a tudo e mais alguma coisa.... Sobrevivemos com crises à crise (da vida) ...
E muitas vezes (quase sempre), (in)justamente para connosco, achamos que poderíamos estar melhor, que poderíamos ter feito mais, que somos os culpados da falta de coragem ou iniciativa para viver e não meramente... SOBREVIVER.
Achamos que nada de realmente importante e especial, ou bom, acontece na nossa vida.... Esquecemo-nos de que o facto de sobreviver a tanto - e ser tão perseverantes, o não cair assim com tanta facilidade, a continuar com a cabeça erguida ainda, com um sorriso aqui, uma lágrima acolá - faz de nós, de algum modo, vencedores ...
E como se isto não fosse razão por si mais do que suficiente para nos sentirmos felizes, então não sei o que poderia ser mais...
No fim de contas sentirmo-nos vivos por dentro não exige assim tanto de nós...
Apenas um pouco de paciência para com as voltas e reviravoltas da vida...
E acima de tudo ter fé.... esperança... e capacidade para seguir em frente...
Exige, acima de tudo, que ainda saibamos o que é realmente importante para nos sentirmos VIVOS.
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