«Após anos de dificuldade, o rabino Eisik, filho de Yekel que morava na Cracóvia, recebeu em sonho uma ordem para procurar um tesouro na cidade de Praga (República Checa) debaixo de uma ponte que conduzia ao castelo real.
Como este sonho se repetiu três vezes, decidiu viajar até la. A ponte era guardada dia e noite por guardas e, por isso, não tinha chances de cavar para encontrar o tesouro.
Contudo, andava pela ponte desde a manhã até o final de cada dia e, por isso, atraiu a atenção do chefe dos guardas que lhe perguntou:
- Está esperando alguém?
Eisik contou o sonho que teve e depois de ouvi-lo, em gargalhadas, o guarda respondeu:
- O quê? Pobre senhor! Foi por causa desse sonho que percorreu todo este caminho com esses sapatos velhos? Veja só! Até que ponto é possível confiar nos sonhos! Olhe para mim! Eu próprio já deveria ter seguido para Cracóvia na Polônia, para procurar um tesouro que estaria sob um fogão no quarto de um judeu chamado Eisik, filho de Yekel! Mas veja o tamanho do absurdo! Imagine a dificuldade para demolir metade das casas, em um lugar onde a maioria dos judeus tem o nome Eisik e a outra metade Yekel!
Terminou a frase, deu um tapa nas costas do rabino, e foi embora. Eisik curvou-se em sinal de agradecimento e regressou à Cracóvia. Ao chegar em casa, cavou debaixo do fogão e encontrou um tesouro. Em agradecimento, mandou construir uma sinagoga que tem seu nome até hoje.»
Esta pequena história ensina-nos que não devemos procurar a felicidade no exterior, mas sim em nós próprios, dentro de nós.
Mas o que é felicidade? Ela indica um estado de perfeita satisfação íntima; um grande contentamento. Portanto, todos temos a capacidade para sermos felizes e criadores. Não é um dom reservado a poucos. Porque é que, então, a grande maioria não conhece a felicidade? Porque alguns, apesar dos obstáculos terríveis que acontecem nas suas vidas, se mostram felizes enquanto outros são extremamente abalados por situações muito menores? A resposta é simples. O ser humano é reduzido a um valor quantitativo, ou seja, somos avaliados pelo "ter" muito mais do que "ser" produzindo uma sensação infinita de vazio e de frustação.
A mente pode colocar-se em contacto com aquilo que constitui a fonte de toda felicidade e esse contacto pode ser mantido, apesar da educação e das exigências da vida... mas nem sempre é fácil!
Os momentos de felicidade acontecem quando a mente ou o corpo estão no limite da sua capacidade, quando se realiza algo difícil que vale a pena e isto não tem nada a ver com ter ou não dinheiro. O mesmo acontece com o amor. Só encontraremos a nossa "cara-metade", quando for completo.
Não podemos permitir que as dificuldades tomem conta da situação. Há que superá-las! Se atirarem pedras no nosso caminho, para bloquear sua passagem, há que as retirar e transformar essas pedras em degraus de uma escadaria para que possamos aproveitá-las para construir uma vida repleta de vitórias (ou não...).
A felicidade é um estado de espírito, diz o dito popular, é verdade! As pessoas não percebem que as melhores experiências acontecem em pequenos momentos partilhados, por isso não é na mão de estranhos que somos felizes; não devemos depositar cegamente a nossa felicidade em qualquer um.
O nosso tesouro estará sempre permanentemente pronto a ser desenterrado no chão onde está o fogão da nossa própria casa. Portanto, desfaz ou afasta-te das coisas que te fazem sofrer; partilha; aproveita todas as fracções de segundo, de minutos ou horas; estuda e dedica-te a algo que vale (realmente) a pena! Não desperdíces, recicla (-te).
Em suma: reflecte sobre a felicidade (o que te faz/ faria feliz?) verdadeira e SÊ FELIZ!
Um comentário:
Bom Dia Nina,
gostei muito deste post que nos faz realmente reflectir sobre a "feliciade" e o que é ser feliz.
continuação de boas reflexões.
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