«O Poema de amor, Amor,
que em breve te farei,
não há-de ser senão
o acto de te amar.
Não vou precisar lápis nem papel
pois é sobre o teu corpo, em tua pele,
que ao vivo meu poema vou criar.
Para quê de palavras o gaguejo
quando o corpo nos arde
de desejo,
e mais do que dizer
o quer gritar?
Desse poema, as palavras
serão beijos.
E as frases os abraços ...
E a escrita no teu corpo
serão traços,
dedos, dentes,
bocas, braços
que em ti imprimirei.
Sujeitos da oração
seremos dois !
E objectos seremos igualmente.
E no conjugar febril
da mesma acção,
o verbo não terá senão presente.
Exclamações (!) serão gemidos,
Suspiros e ais as reticências...
E não haverá paz nem complacências
até à morte plena dos sentidos.
Pontos, só haverá ponto final,
a fim de que o poema,
Amada minha,
comece nova estrofe,
em nova linha.
Com beijos e abraços...
Tal e qual.»
By António Melenas
2 comentários:
belíssimo poema.
lindo
Fantastico...
Amei este poema!!
Beijinhosssss :)
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