quinta-feira, abril 23, 2009

"Aquilo que feriu curará"

Meus olhos não se prendem ao óbvio e ao explícito. Passo por cima das evidências impassivelmente para buscar o que me interessa: o que há por baixo, o que há por dentro, o que está por trás...
Enquanto vou caminhando, não me distraio. E uma certeza me move - só há vida no que borbulha, no que fervilha, no que lateja, ali, naquele limite tênue entre o natural, o inesperado e o indivisível, só ali eu me sacio!
Enquanto não me sentir perto do absoluto, nada me satisfaz. Quanto mais absorvo, mais desejo, e a minha "avidez" por aquilo que move as criaturas leva-me ao ponto onde todos chegamos: a degeneração, a extinção, a morte. É nela que me contemplo e me justifico. Todo o sentido da minha existência se resume neste salto - das cinzas, renasço, transmutada. E faminta, para um novo patamar, como se fosse a fénix renascida das cinzas... ou a larva saída do casulo...
Mas não me sinto culpada nesta minha busca pelo "poder".
Por vezes a minha objectividade pode aflorar a fronteira do implacável, do impensável, mas não me abalo...
Procuro (re)mexer (sempre) naquilo que aos outros apavora e excita - o desconforto, o inconstante, o incerto, a insegurança, a vida, os dramas, o dinheiro, o sexo e a morte. No fundo trata-se de simples sobrevivência, a transcendência e por fim a ressurreição ou o renascimento. Tenho também a perfeita noção que a mesma energia que me cria, me aniquila. No entanto é ela que me mobiliza ...
Enfim sou uma... Scorpio!

Um comentário:

Smootha disse...

Enquanto há vida, há dúvida e incerteza.
Belo!
Passa por lá, tenho um desafio para ti.
Beijos