"A Trincadeira necessita de muito calor para se desenvolver correctamente. É uma das castas mais antigas e tradicionais do Alentejo, tendo também uma boa presença no Douro, com o nome de Tinta Amarela, e no Ribatejo.Em menor quantidade aparece na Estremadura e Terras do Sado. Os cachos são grandes, cónicos e alados, apresentando geralmente três ramificações laterais. Os bagos são de tamanho pequeno, uniformes, de forma arredondada com a cor negro-azulada. A película das uvas é frágil e sensível à chuva, apodrecendo facilmente. Não é uma casta recomendada para zonas úmidas e solos férteis. Os vinhos provenientes da Trincadeira, quando jovens, apresentam um aroma com herbáceo característico. Com a idade adquirem aromas e sabores de compotas e especiarias, como a canela e o cravinho . Na boca são encorpados, com bons taninos, suaves, elegantes e tem longevidade. No Alentejo, a Trincadeira e o Aragonez fazem uma dupla com grande sucesso em muitos vinhos tintos. TrincadeiraVariedade de porte semi-erecto a horizontal, de vigor médio e com pouca tendência ao desenvolvimento de netas. O entrenó é médio e medianamente regular. Apresenta poucas gavinhas e medianamente frágeis.O abrolhamento é médio. Apresenta boa fertilidade, é pouco susceptível ao desavinho e tem um nível de produção médio. Os bagos são médios, de película medianamente espessa e com facilidade de destacamento. As grainhas são em número médio, pequenas e ligeiramente herbáceas. A maturação é média. Os mostos denotam um teor alcoólico provável muito elevado e média acidez. Quando vindimado no seu óptimo de maturação, dá vinhos com uma cor tinto intenso, aroma a frutos muito maduros, sabor harmonioso, macio, mas muito dependente do seu “habitat” natural."
(in Adega Alentejana)
PS: Um pouco de cultura vinícola ... e ... que pode ser aplicada noutras áreas da vida!...
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