terça-feira, abril 17, 2007

PASSOS ERRANTES


Sempre caminhei sozinha
Passos errantes ao sabor do vento
Nas vielas frias e confusas
Nas ruas estreitas e escuras
Independente face ao tempo
Destaco-me, nas sombras, solitária
Em horas mortas (sem ser tua)
Caminho sem passos medidos
Traço o caminho da lua
As sombras é que me guiam
As estrelas me alumiam
só os lobos me acompanham
Aguardando uma fraqueza final
Fraqueja a vontade, mas não o passo
Solitária sigo o meu caminho
Nas sombras vestígios da tua figura
No meu olhar triste a desventura
Sorriso irónico ao canto da boca
Nunca tive ninguém que me guiasse
Só, continuarei... em desgaste
A levar os meus passos e a roupa
A calar a minha voz, mouca
Apenas eu... coisa pouca
Passos rasgados e perdidos
Pisando a minha sombra, já morta

Um comentário:

Anônimo disse...
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