terça-feira, junho 21, 2011

Ode ao verão

Verão, violino vermelho, 
Nuvem luminosa, um zumbido de serra e uma cigarra que precede do céu  estrelado, suave e brilhante como um olho, e sob o teu olhar, o verão!
Teus olhos são cascatas de peixes no céu infinito,
pressentindo a sensação agradável, preguiçosa, letárgica, da barriga arredondada na sede demoníaca...
Manhã ... e o sol, terrível, paterno, ao rubro ...
O suor no rosto, a cabeça martelando numa inesperada conspiração
Areia. Verão. Mar. Deserto. Campos.
Agita-se o  trigo, enquanto procuro a sombra...
Toque. Frescura. Mergulho. Diamante. Abundante verão...
Busco maçãs, morangos e..  a boca...
Nas paisagens verdes, lábios, de ameixas selvagens,
Estradas, de poeira macia em camadas, em pó,  é meio-dia,
Vermelho. Tambor de cobre.
À tarde o fogo cede
O  ar faz trevo, invade a dança, 
O forno do deserto
E um local fresco
A estrela sobe no sombrio céu
É já noite.
A tua mão na minha
As minhas pernas nas tuas
Ganho asas, ganho penas
Os teus lábios são ameixas maduras
São amoras selvagens que dão gosto colher ...


P.S. Porque hoje é o  dia mais longo do ano, é verão e acordei (ins)pirada ...

3 comentários:

Sofia disse...

Gostei :)
Beijinho,
Sofia

Palco Mudo disse...

LINDO!!
Magnífica inspiração!!

Beijosss

nina disse...

Obrigada F., nem tanta como tu!
Beijoos