quarta-feira, junho 29, 2011

Divagações

Na vida todos já passamos por encruzilhadas, deparamo-nos  com becos e, em alguns casos,  precipícios.

As encruzilhadas são as mais fáceis de resolver...
Os becos são situações em que só voltando atrás podem ser resolvidas, apesar de por vezes se transformarem em prisões emocionais das quais só saímos quando nos conseguimos libertar...
Os precipicios, infelizmente, levam algumas pessoas à morte, pois não conseguiram encontrar a ponte de fuga (em si) aos mesmos...
As encruzilhadas podem levar a becos ou precipicios, no entanto à partida, nunca o sabemos.
Os becos, que se tornam prisões, podem levar a precipicios ou encruzilhadas. E as pontes de fuga dos precipicios regra geral levam a encruzilhadas...
É claro que muitas encruzilhadas são fáceis de decidir, a maior parte delas, o pior é quando a encruzilhada (nos) apresenta soluções que não nos agrada de todo,  é escolher o mal menor, o que nunca é uma boa solução, mas é muitas vezes a solução possivel...
No caso dos becos/ prisões muitas vezes acabamos por nos habituar e até esquecemos, (como se fosse possivel!!!) o quanto não gostamos da situação.
E quando estamos em prisões continuamos a ter encruzilhadas e até precipicios.

A (nossa) vida é feita de encruzilhadas, alguns becos, uma ou outra prisão, e se possivel sem precipicios.

terça-feira, junho 28, 2011

Chinesices

路遙知馬力,日久見人心(路遥知马力,日久见人心) (pinyin: ren2 yao1 lian3, shu4 yao1 pi2)



segunda-feira, junho 27, 2011

O Futuro sai da fenda e da ferida

«A geometria abre a linha para deixar passar a Imaginação.
O FUTURO sai da FENDA e da FERIDA.
Do que antes foi, hoje sai Sangue.
Inundar o VAZIO: o FUTURO inunda o VAZIO.
Porque todo o vazio tem por INIMIGO a Imaginação.
Porque todo o vazio tem o Inimigo. »

Gonçalo M. Tavares, in "Investigações. Novalis"

Para reflectir...

«Em cada perda existe um ganho.
Tal como em todos os ganhos existe uma perda.
E com cada fim surge um novo começo. »

Shao Lin

domingo, junho 26, 2011

O resto é silêncio ...

"O silêncio também fala, fala e muito! O silêncio pode falar mesmo quando as palavras falham."

Osho

"Fala se tens palavras mais fortes do que o silêncio, ou então guarda silêncio."

Eurípedes

"Penso noventa e nove vezes e nada descubro; deixo de pensar, mergulho em profundo silêncio - e eis que a verdade se me revela."

Albert Einstein





sábado, junho 25, 2011

Constatação

"Não mudamos com a idade na estrutura do que somos. Apenas, como na música, somo-lo noutro tom."
Vergílio Ferreira

The Golden rule







 

sexta-feira, junho 24, 2011

Ouvido na rua

« Camarão que dorme, a onda leva »

quarta-feira, junho 22, 2011

Coup d' etat

Moi qui n'a plus regardé le ciel, j'ai  devant moi cette porte entrouverte mais l'inconnu a meurtri plus d'un coup mon coeur ...

terça-feira, junho 21, 2011

Ode ao verão

Verão, violino vermelho, 
Nuvem luminosa, um zumbido de serra e uma cigarra que precede do céu  estrelado, suave e brilhante como um olho, e sob o teu olhar, o verão!
Teus olhos são cascatas de peixes no céu infinito,
pressentindo a sensação agradável, preguiçosa, letárgica, da barriga arredondada na sede demoníaca...
Manhã ... e o sol, terrível, paterno, ao rubro ...
O suor no rosto, a cabeça martelando numa inesperada conspiração
Areia. Verão. Mar. Deserto. Campos.
Agita-se o  trigo, enquanto procuro a sombra...
Toque. Frescura. Mergulho. Diamante. Abundante verão...
Busco maçãs, morangos e..  a boca...
Nas paisagens verdes, lábios, de ameixas selvagens,
Estradas, de poeira macia em camadas, em pó,  é meio-dia,
Vermelho. Tambor de cobre.
À tarde o fogo cede
O  ar faz trevo, invade a dança, 
O forno do deserto
E um local fresco
A estrela sobe no sombrio céu
É já noite.
A tua mão na minha
As minhas pernas nas tuas
Ganho asas, ganho penas
Os teus lábios são ameixas maduras
São amoras selvagens que dão gosto colher ...


P.S. Porque hoje é o  dia mais longo do ano, é verão e acordei (ins)pirada ...

segunda-feira, junho 20, 2011

Não gosto de fugir com o rabo à seringa...

«...
Não adianta fugir com o rabo à seringa. Muitas vezes nem há seringa. Nem injecção. Nem remédio. Nem conhecimento certo da doença de que se padece. Muitas vezes só existe a agulha.
...»

Miguel Esteves Cardoso

Diz-me quem és ...

Bateu tão certo (B-A-B) que não resisti.!!!!

  1. c
  2. b
  3. a
  4. a
  5. b
  6. b
  7. b
  8. c
  9. a

domingo, junho 19, 2011

Se ...

«Se consegues manter a calma quando à tua volta

Todos a perdem e te culpam por isso,
Se consegues manter a confiança em ti próprio quando todos duvidam de ti,
Mas fores capaz de aceitar também as suas dúvidas;

Se consegues esperar sem te cansares com a espera,
Ou, sendo caluniado, não devolveres as calúnias;
Ou, sendo odiado, não cederes ao ódio,
E, mesmo assim, não pareceres demasiado condescendente nem altivo;

Se consegues sonhar - e não ficares dependente dos teus sonhos;
Se consegues pensar - e não transformares os teus pensamentos nas tuas certezas;
Se consegues defrontar-te com Triunfo e a Derrota
E tratar do mesmo modo esses dois impostores;

Se consegues suportar ouvir a verdade do que disseste,
Transformada, por gente desonesta, em armadilha para enganar os tolos,
Ou ver destruídas as coisas por que lutaste toda a vida,
E, mantendo-te fiel a ti próprio, reconstruí-las com ferramentas já gastas;

Se és capaz de arriscar tudo o que conseguiste
Numa única jogada de cara ou coroa,
E, perdendo, recomeçar tudo do princípio,
Sem lamentar o que perdeste;

Se consegues obrigar o teu coração e os teus nervos
A ter força para aguentar mesmo quando já estão exaustos,
E continuares, quando em ti nada mais resta
Que a Vontade que lhes diz: "Resistam!";

Se consegues falar a multidões sem te corromperes
Ou conviveres com reis sem perder a naturalidade,
Se consegues nunca te sentir ofendido seja por inimigos, seja por amigos queridos;
Se todos podem contar contigo, mas sem que os substituas;

Se consegues preencher cada implacável minuto
Com sessenta segundos que valham a pena ser vivios,
É a tua Terra e tudo o que nela existe,
E - o que é ainda mais - então, meu filho, serás um Homem.»

Rudyard Kipling



Boletim Filosófico Da Nova Acrópole, Número 1, Outono 2009



Lugares

«Se se viajar fora dos destinos turísticos [...] descobre-se que os lugares de desejo, os sítios que nos marcam por dentro e deixam impressões duradouras são tão inacessíveis e misteriosos como sempre foram e, também por isso, se constituem como verdadeiras viagens. Únicas e preciosas.»






Divagações

Ler é um diálogo incessante, o livro fala e a alma responde ... enquanto «a vida não é mais do que uma sucessão de faltas que nos animam..»

"E eis-me preso à memória escura dos teus olhos, dos teus passos saltitantes, da tua alegria convicta que a partir de certa altura começou a açucarar demasiado a minha vida. Não consigo concentrar-me. Passo os dias com os olhos sobre as letras dos livros que tenho de ler e não consigo entrar neles. E ouço muitas vezes a canção de Pascoal:
«A sombra das nuvens no mar / O vento na chuva a dançar / Uma chávena a fumegar / Tudo me falava de ti / A sombra das nuvens desceu / O céu alto arrefeceu / E o mar bravio perdeu / A luz que lhe vinha de ti.» Há quanto tempo não me arde o coração?"

Inês Pedrosa
Fazes-me Falta, Publicações Dom Quixote, 2002





sábado, junho 18, 2011

Depois ... os meus olhos
perderam-se no horizonte...



quinta-feira, junho 16, 2011

Miike Snow- song for no one

À propos de...

*** Tenho andado em modo ZEN. É óptimo sentir este viver desprendido *** 

quarta-feira, junho 15, 2011

Ouvindo ...



Música metaforicamente orgásmica ... nem tenho palavras...



PS: Thanx Mr. Lippo you are the best, you have the tast ... :)

Pensamento do dia

"Um hálito de música ou de sonho, qualquer coisa que faça quase sentir, qualquer coisa que faça não pensar."

Alberto Caiero




Broken Bells Vaporize

segunda-feira, junho 13, 2011

Se calhar

Se calhar..Só faço M..d@, só digo M..d@ ... (tão certo como me chamar N.)






Memórias indeléveis...

“Se formos capazes de converter o que quer que estejamos tentando lembrar em vívidas imagens mentais e então rearranjá-las em algum tipo de espaço arquitectónico imaginário, conhecido como palácio da memória, as lembranças podem se tornar indeléveis.”


São as memórias que sustentam a leveza do ar,
num exercício renovado de mistérios lentos
anunciadores dos sonhos.

Vivem em nichos vagabundos
perto do ruído das ruínas,
longe dos rios que não descansam
no ombro da margem
num tempo para fruir a leveza dos malmequeres
abruptos dos caminhos.

Acendem-se noutras memórias
e refazem os aromas antigos,
as cores redundantes
da paisagem que flui, já ontem...

(Vieira Calado)

No meu castelo altaneiro

domingo, junho 12, 2011

quarta-feira, junho 08, 2011

segunda-feira, junho 06, 2011

Pensamento da noite

Hoje o meu coração esteve (perfeitamente) sincronizado com o "rugido" fremente do leão da estrela ...

domingo, junho 05, 2011

Manta de retalhos ...

" Os jovens amantes buscam a perfeição
Os velhos amantes aprendem
A arte de unir os retalhos
E descobrem a beleza
Na variedade das peças. "

Poema citado no  filme

De que são feitos os (meus) dias?

"Tenta te orientar pelo calendário das flores, esquece, por um momento os números, a semana, o dia do teu nascimento. Se conseguires ser leve, aproveita, enche tuas malas de sonho e toma carona no vento."
- Fernando Campanella -

***
De que são feitos os dias?
- De pequenos desejos,
vagarosas saudades,
silenciosas lembranças.

Entre mágoas sombrias,
momentâneos lampejos:
vagas felicidades,
inatuais esperanças.

De loucuras, de crimes,
de pecados, de glórias
- do medo que encadeia
todas essas mudanças.

Dentro deles vivemos,
dentro deles choramos,
em duros desenlaces
e em sinistras alianças...

Cecília Meireles