sexta-feira, julho 24, 2009

Dá medo sim!


Dá medo ...

A incerteza dos dias

Do vazio das noites frias

Em cem, são mil de solidão

Do viver sem sentido nem razão

Sem esperança ou motivação

Dá medo ...

Perder as palavras

De ver os sonhos levados

Varridos, punidos e banidos

Das lágrimas vertidas

Da ausência de um sorriso

De não achar refúgio

Na constante tempestade

Dá medo ...

Os pensamentos não alcançarem o luar

Do ar cortante e frio

Num olhar ausente e vazio

Dá medo ...

Concluir que o anoitecer esperado

Foi para sempre perdido

Que afinal a porta nunca existiu…

E que o levantar da aurora ... fugiu

Dá medo ...

Dá medo sim!

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