Conhecemos alguém e apaixonamo-nos e quando nos separamos, deixa marcas para que nos lembremos da sua passagem.
Os nossos amantes esculpem-nos. Definem-nos para o melhor ou para o pior. Como num fliperama, colidimos com eles e seguimos na direcção oposta, impulsionados pelo contacto. E após a separação podemos ficar marcados, porém mais fortes, ou mais frágeis ou carentes, ou zangados ou culpados.
Nunca é imutável!
Os nossos amantes permanecem dentro de nós como fantasmas, assombrando corredores e quartos vazios. Às vezes sussurando, outras gritando, invisíveis, mas sempre ali... esperando ...
2 comentários:
Interessante reflexão.
Penso que seja primordial manter sobretudo o controlo sobre os amantes que porventura guardêmos dentro de nós, para não nos tornarmos escravos dos nossos fantasmas, porque é isso que são, fantasmas, nada mais, nada mais Nina!
Ocorre-me citar Saint-Exupery in "O Principezinho"
Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós.
Bjs
F
Interessante comparação F. :) acho que que foste directamente ao âmago da questão!
Beijos
(estou ainda em dívida para ctgo... não me esqueci da resposta, apenas ... atrozmmente demorada)
***N.***
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