O amor não deveria ser uma prisão, mas libertação...
Se a minha vida é uma prisão,
E trago nela contida a minha verdade,
Sorriso nos lábios é por vezes simulação,
Prazer no que faço, dissimulação...
A espontaneidade cabal da falsidade...
Armo-me de coragem,
Cobre-me a camuflagem,
Esperando o momento oportuno
De rebelar-me, soltar-me, achar-me...
Neste papel em branco, de caneta em punho,
Traço o meu plano de fuga, um tanto soturno,
O meu desejo insano e até profano
De correr ao encontro da liberdade,
Braços abertos à própria vontade...
Libertar em poesia tudo o que sou...
Recolher a fantasia que ainda restou,
Num expressar escancarado e nada forçado,
Dançando anseios na chuva que molha
E limpa meu corpo do que o deflora...
Trazendo de volta a alma que agora
Chora de emoção, liberta a expressão,
Sorri o livre-arbítrio, afaga o que me aflora...
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