terça-feira, outubro 14, 2008

Non sense ...


Na distância com que te escrevo
Na ténue esperança (ainda) te busco
Mesmo quando penso que desisto,
Mais uma vez cedo …
E me concedo
Em oposição a mim
Ou, oposição a ti
Como poema naufragado
Busco a palavra
Em alcateia de lobos
Encoberta pelos silvados

O teu nome
Corre-me nas veias
Atravessa-me da alma ao ventre
E, de novo,
Na costura rasgada da minha saia,
Sem qualquer esforço ou custo
Tão só ... relva ou musgo.

Neste momento,
Rodo em ventos desgovernados
Entro em parafuso
Giro na roda dos ventos,
Das noras e dos engenhos
E a água grita, uiva e chora
Cristalina
Pura
Dura
É demora ...
É oxigénio
Fonte que move a vida
- verbo de ser e sentir
É cansaço
Vontade de fugir
É fracasso
Lume mortiço de mim mesma
Fraca candeia de curto pavio
Que se apaga …
Presa por um fio


OBS: Porque há dias que nada faz sentido, nem sequer o que escrevemos...

Um comentário:

Piloto Automatico disse...

Concordo, há dias... mas hoje, para mim, o que escreves faz todo o sentido.
Bjs
F