sábado, abril 14, 2012

Dias assim

Porque há dias assim...
Em que o sorriso se retrai, as mãos gelam, o peito contraído mal respira, o (sempre) nó na garganta e as lágrimas rolam copiosamente pela face com a facilidade de um simples suspirar.


Porque há dias assim...
Em que a saudade bate à porta, voraz e avassaladora.


Porque há dias assim...
Em que nos sentirmos sós para além do que realmente precisamos de estar e isso é ... dilacerante.
Porque é em dias assim, que mergulhamos profundamente nos nossos erros e (re)analisamos a nossa vida de fio a pavio, com a permanente dúvida a assaltar-nos de quem é que realmente está ao nosso lado para o que der e vier.


Porque há dias assim, na esperança de que o sorriso volte por estes dias a acariciar os meus lábios, na necessidade de me perdoar pelos erros que comet(i)o...
E lembro-me de sentimentos perdidos, de ilusões e vontades esquecidas, para que não volte a esquecer e a abster-me de sentir, numa (minha) catarse automática guardo as dúvidas, escondo hesitações, mas  sem recear as dificuldades.


Sou como sou, de corpo e alma, não somo frustrações, apenas porque o meu corpo é imperfeito e a minha alma uma manta retalhada, ou  a minha pele irregular e o meu coração desgovernado...
Sou a eterna criança em corpo de mulher, sou a imperfeição (única e sublime) da minha própria existência...

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