Particularidades das minhas singularidades & Singularidades das minhas particularidades...
segunda-feira, abril 30, 2012
domingo, abril 29, 2012
sábado, abril 28, 2012
Constatação tardia
Uma (boa ou má) decisão, embora imperfeita, seguida de firme execução, é preferível à espera prolongada duma resolução ideal que nunca ou só tardiamente será executada. Hoje é o dia!
sexta-feira, abril 27, 2012
Whatever words I say...
Tiro a camisola e olho-me ao espelho. Que corpo é este? Não sei. Houve tempos em que o meu corpo era só o meu corpo. Hoje é uma mistura de todos os corpos (estranhos) que já tive e, por isso, não o reconheço. Mas afinal, penso, não foi o meu corpo que mudou, sendo certo que o meu corpo mudou...
Fui eu que mudei e mudo e mudarei; eu que penso, eu que sinto, eu que acordo a cada dia e reparo que o teu sorriso está diferente, ou que as minhas mãos estão diferentes, ou que a casa já não é a mesma.
Sabes, nunca fui tão feliz por saber tão pouco. Não há nada como a nossa casa!
Por cá
"Não tiro ninguém da minha vida, apenas reorganizo as posições e inverto as prioridades".
Eneias
quinta-feira, abril 26, 2012
quarta-feira, abril 25, 2012
Pensamentos à deriva...
Agora tudo acabou por dentro do medo dos meus dedos, resta apenas o vulto da memória e este frio amargo do desespero onde o silêncio abissal me ultrapassa neste pulsar de sangue em que a alma se perde e o grito que se quer mudo cala a boca asfixiando o nó da garganta... o nó, sempre o eterno nó...
terça-feira, abril 24, 2012
Constatação
Dizem que a mentira tem perna curta porque não costuma ir muito longe (eu acrescento que tem pernas bambas!). Mais cedo ou mais tarde, ela cambaleia, tropeça e acaba cair estatelando-se no chão!
segunda-feira, abril 23, 2012
Devaneios
A tua beleza não se apaga
É fogo que arde incessantemente
É a tua alma que se mostra
E que (me) encanta docemente...
quinta-feira, abril 19, 2012
Isto hoje... anda assim...
Narciso
Dentro de mim me quis eu ver. Tremia,
Dobrado em dois sobre o meu próprio poço...
Ah, que terrível face e que arcabouço
Este meu corpo lânguido escondia!
Ó boca tumular, cerrada e fria,
Cujo silêncio esfíngico bem ouço!
Ó lindos olhos sôfregos, de moço,
Numa fronte a suar melancolia!
Assim me desejei nestas imagens.
Meus poemas requintados e selvagens,
O meu Desejo os sulca de vermelho:
Que eu vivo à espera dessa noite estranha,
Noite de amor em que me goze e tenha,
...Lá no fundo do poço em que me espelho!
José Régio
Dentro de mim me quis eu ver. Tremia,
Dobrado em dois sobre o meu próprio poço...
Ah, que terrível face e que arcabouço
Este meu corpo lânguido escondia!
Ó boca tumular, cerrada e fria,
Cujo silêncio esfíngico bem ouço!
Ó lindos olhos sôfregos, de moço,
Numa fronte a suar melancolia!
Assim me desejei nestas imagens.
Meus poemas requintados e selvagens,
O meu Desejo os sulca de vermelho:
Que eu vivo à espera dessa noite estranha,
Noite de amor em que me goze e tenha,
...Lá no fundo do poço em que me espelho!
José Régio
quarta-feira, abril 18, 2012
terça-feira, abril 17, 2012
Divagações ...
Há dias em que o tudo desaparece, para dar lugar ao nada. E é este nada que me incomoda. Porque sendo nada, ele é tudo. Tudo o que é desconfortante. Incerto. Arrepiante. Intimidante. Frustante ... Tudo acabado em ante, mas adiante. O pior é que nada extraio do nada. Nada concluo do vazio. Irrita-me este cinzento. Não é branco nem preto, nem de nenhuma cor do arco-íris perfeito que imagino (com mais tonalidades do que alguém conseguiria nomear) e sinto em tantos outros momentos, mas simplesmente cinzento. Este cinzento... E por isso tão assustador.
Mas depois tudo regressa ... ao que era dantes, completando o círculo e até já se imaginam planos futuros ...
sábado, abril 14, 2012
Dias assim
Porque há dias assim...
Em que o sorriso se retrai, as mãos gelam, o peito contraído mal respira, o (sempre) nó na garganta e as lágrimas rolam copiosamente pela face com a facilidade de um simples suspirar.Em que a saudade bate à porta, voraz e avassaladora.
Porque há dias assim...Em que nos sentirmos sós para além do que realmente precisamos de estar e isso é ... dilacerante.
Porque há dias assim, na esperança de que o sorriso volte por estes dias a acariciar os meus lábios, na necessidade de me perdoar pelos erros que comet(i)o...E lembro-me de sentimentos perdidos, de ilusões e vontades esquecidas, para que não volte a esquecer e a abster-me de sentir, numa (minha) catarse automática guardo as dúvidas, escondo hesitações, mas sem recear as dificuldades.
Sou como sou, de corpo e alma,não somo frustrações, apenas porque o meu corpo é imperfeito e a minha alma uma manta retalhada, ou a minha pele irregular e o meu coração desgovernado...Sou a eterna criança em corpo de mulher, sou a imperfeição (única e sublime) da minha própria existência...
Porque há dias assim...
Porque é em dias assim, que mergulhamos profundamente nos nossos erros e (re)analisamos a nossa vida de fio a pavio, com a permanente dúvida a assaltar-nos de quem é que realmente está ao nosso lado para o que der e vier.
Porque há dias assim, n
Sou como sou, de corpo e alma,
segunda-feira, abril 02, 2012
O que importa é partir, não é chegar ...
Aparelhei o barco da ilusão
E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro
O mar...
(Só nos é concedida
Esta vida
Que temos;
E é nela que é preciso
Procurar
O velho paraíso
Que perdemos).
Prestes, larguei a vela
E disse adeus ao cais, à paz tolhida.
Desmedida,
A revolta imensidão
Transforma dia a dia a embarcação
Numa errante e alada sepultura...
Mas corto as ondas sem desanimar.
Em qualquer aventura.
O que importa é partir, não é chegar.
Miguel Torga,Viagem
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