Começo a conhecer-me. [finalmente] Não existo. [mas penso sempre que sim]
Sou o intervalo [início] entre o que desejo ser e os outros me fizeram, [fim]
ou metade desse intervalo, [é sempre 8 ou 80 ] porque também há vida ... [e morte...]
Sou isso [fazer o quê?], enfim ... [sei lá...]
Apague a luz, feche a porta e [vens ou demoras?] deixe de ter barulhos de chinelos no corredor. [melhor descalçares os chinelos!]
Fique eu no quarto só [que remédio] com o grande sossego [diria antes desassossego] de mim mesmo. [tem dias]
É um universo barato. [mas é o que se tem, fazer o quê?! É a maldita crise!]
Álvaro de Campos, in "Poemas"
Heterónimo de Fernando Pessoa
Nina [entre parênteses - in "quem não tem que fazer faz colheres" ]
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