quinta-feira, outubro 30, 2008

O cancro da MAMA(N)

Porque hoje é o Dia Nacional da Prevenção do Cancro da Mama e nunca é demais alertar para a necessidade da prevenção ...
Porque hoje é o dia em que faz, precisamente, 12 anos que a minha Mamy (que falta nos fazes todos os dias, haveria tanto que te dizer mas não consigo...) nos deixou , justamente por culpa desta maldita doença que teima em afectar milhares de mulheres (e homens), todos os anos, deixando atrás de si um rasto de destruição, um sem número vítimas, as que são directamente afectadas pela doença e as indirectas que ficam sem mães, filhas, irmãs, netas, esposas, etc... um eterno espinho cravado no coração.
O laço Cor-de-Rosa é o rosto da campanha, não é somente um símbolo para o cancro da mama, mas também um símbolo para a marcha de Dime e do seu esforço na luta dos nascimentos prematuros para salvar os bébés e descobrir a cura para deficiências após o nascimento. O Laço Cor-de-Rosa representa também os pais biológicos e o cancro nas crianças. É também comum que os documentos entregues a um advogado inglês sejam amarrados com um laço cor-de-rosa e é também a flor (rosa) que geralmente se oferece a quem se ama...
Como esquecer este fatídico dia de 30 de Outubro?...

"Pas san toi"! Esta música é especialmente para TI ... e para todo(a)s aquele(a)s que ficaram sem alguém




P.S.: Tu es ma n°1 baby
Je te suis jusqu'au bout
...
Tu seras la seule, je l'avoue

terça-feira, outubro 28, 2008

Pedra filosofal

Hoje passou esta música do António Gedeão na rádio local ... Sempre adorei esta música e a letra em particular, um bonito poema. Simplesmente BELO, pelo que resolvi partilhar (para quem conhece, para quem não conhece, espero que apreciem)

Eles não sabem que o sonho
é uma constante da vida
tão concreta e definida
como outra coisa qualquer,
como esta pedra cinzenta
em que me sento e descanso,
como este ribeiro manso
em serenos sobressaltos,
como estes pinheiros altos
que em verde e oiro se agitam,
como estas aves que gritam
em bebedeiras de azul.

Eles não sabem que o sonho
é vinho, é espuma, é fermento,
bichinho álacre e sedento,
de focinho pontiagudo,
que fossa através de tudo
num perpétuo movimento.

Eles não sabem que o sonho
é tela, é cor, é pincel,
base, fuste, capitel,
arco em ogiva, vitral,
pináculo de catedral,
contraponto, sinfonia,
máscara grega, magia,
que é retorta de alquimista,
mapa do mundo distante,
rosa-dos-ventos, Infante,
caravela quinhentista,
que é cabo da Boa Esperança,
ouro, canela, marfim,
florete de espadachim,
bastidor, passo de dança,
Colombina e Arlequim,
passarola voadora,
pára-raios, locomotiva,
barco de proa festiva,
alto-forno, geradora,
cisão do átomo, radar,
ultra-som, televisão,
desembarque em foguetão
na superfície lunar.

Eles não sabem, nem sonham,
que o sonho comanda a vida,
que sempre que um homem sonha
o mundo pula e avança
como bola colorida
entre as mãos de uma criança.

In Movimento Perpétuo, 1956

olá, cá estamos nós outra vez

Sublime esta letra de Jorge Palma

"Quero dar-te um beijo a cinquenta e tal graus " e "Ganhei o vicío da estrada nesta outra encruzilhada"


segunda-feira, outubro 27, 2008

Pensamento do dia

Por vezes tenho a sensação de que ando a ver passar os comboios... ou será, antes, eles a passarem e sem dar por mim? ...

Just like heaven em versão soft

Ontem vi o filme "Just like heaven", uma comédia romântica, relembrando um pouco a história da bela adormecida conjugada com a vida para além da morte. Gostei e ainda por cima começa com a música com o mesmo nome numa versão bem conseguida (muito diferente da original, mas a letra está lá...) pela voz doce de Katie Melua e termina com a versão original dos "Cure", um dos meus grupos favoritos. Quantas e tantas memórias me trespassaram o espírito...

sábado, outubro 25, 2008

Catch The Rainbow

Arco-íris urbano 18/09/2008 (Coimbra)

When evening falls
She'll run to me
Like whispered dreams
Your eyes can't see

Soft and warm
She'll touch my face
A bed of straw
Against the lace

We believed we'd catch the rainbow
Ride the wind to the sun
Sail away on ships of wonder
But life's not a wheel

With chains made of steel
So bless me

Come the dawn
Come the dawn
Come the dawn
Come the dawn

We believed we'd catch the rainbow
Ride the wind to the sun
And sail away on ships of wonder

But life's not a wheel
With chains made of steel
So bless me, oh bless me, bless me

Come the dawn
Come the dawn
Come the dawn
Come the dawn

By Tapio Keihänen

sexta-feira, outubro 24, 2008

Green light

Gosto desta luz verde... gosto da voz de John Legend




Waiting for a green light :)
I'm ready to go nown
Pull me down from below
Give me a place

Pensamentos do dia (masoquismo ou maturidade?)

Não tenho decepções, pois a quem só espera sofrimentos, a mínima alegria o surpreende.
(Santa Teresa do Menino Jesus)

Deus sussurra e fala à consciência através do prazer, mas grita-lhe por meio da dor: a dor é o seu megafone para despertar um mundo adormecido.
(C.S. Lewis)

Quando a sorte é adversa, descobre-se o génio; na prosperidade, ele oculta-se.
(Horácio)


Para se ser feliz até um certo ponto é preciso ter-se sofrido até esse mesmo ponto.
(Edgar Poe)


Quanto mais elevado é o espírito mais ele sofre.
(Schopenhauer)


Sabendo sofrer, sofre-se menos.
(Anatole France)

Sinal de maturidade humana é aceitar o desafio do sofrimento.
(Jacques Maritain)


Resumindo e concluindo:

Se a tua dor te aflige,
Transforma-a num poema
A vida assim o exige
Prepara a próxima cena!
Hoje o sofrimento é o tema
Mas amanhã poderá ser a açucena!

quinta-feira, outubro 23, 2008

A voz da esperança

Se algum dia te sentires só e a solidão te continuar a pesar
Fecha os olhos e pede ao céu um minuto de silêncio
Procura a noite para descansar
Faz dos sonhos a próxima realidade
Repete mil e uma vez a voz da tranquilidade.
Que tudo tem uma razão, tudo acontece, tudo passa.
Tudo passou e se tranformou
Lá fora o que vês?
O ar pode até estar pesado, o coração abafado
Mas o desejo maior é de (pros)seguir, amar e respeitar.
Libertação! Salvação!
Sair por aí, ir passear, fintar a frustação, ironizar essa amargura
Fazer dela uma sombra invisível num momento imprevisível.
Não tenhas medo, porque a vida é mesmo assim. Tudo acaba demasiado cedo!
Mas existe um ponto de saída, um ponto de partida para um amanhã de chegada.
Observa-te no espelho! O que vês?
Tu tens tanto para dar!
Aquela que viu, ouviu, chorou e adorou.
Tantas oportunidades para amar!
Aquela que tantas mazelas sofreu. Anima-te em simples ansejos dee de algum dia... alguém ... virá de encontro aos teus desejos, mais maduros, mais fortes e melhores.
Afinal tudo parte de nós! Afinal tudo faz parte de nós!
E se um dia em algum lugar, alguém se lembrar de ti (nem que seja por escassos segundos) fica feliz por ainda existires!
Ri por ainda conseguires sorrir!
Ergue os ombros!
Levanta a cabeça!
Segue em frente
Respira o puro ar, inala o sabor da maresia.
Sente o vento no rosto, nos ossos, olha as estrelas, fixa o luar, diz obrigado ao sol e a todas as criaturas de Deus.
Impõe no rosto uma expressão feliz e tudo ficará mais fácil
O que vês?
Abre a janela e presta atenção às avezinhas tão livres, que voam no céu...
O que se avizinha? Tudo pode acontecer! Tudo pode ser!
PAZ, fraternidade, liberdade, naturalidade, serenidade, tranquilidade, franqueza, beleza.
Porquê esta melancolia? Frustação, inacção, solidão e perdição?
Lembra-te do sonho [Alguém que está sempre ao teu lado, mesmo tu não estando, e que sente...]!
Como fica tão mais fácil ser feliz, quando a voz doce da esperança nos canta ao ouvido, nos abraça a alma, nos embala os sonhos e beija nosso coração!

quarta-feira, outubro 22, 2008

Reciclagem precisa-se


Se te sentes como lata
Vazia, usada e gasta
E até pontapeada
Acredita
E não é fita!
Que há salvação
Existe a reciclagem
Deposita no embalão
E verás a vantagem
De uma nova viagem
Em segunda mão

Nin(h)o


Hoje acordei assim ...
Sem ter mão em mim
Quiz sentir teus braços ternos
A prenderem-me num forte abraço.
Teus lábios carnudos
A calarem-me com um beijo
Absorvendo o (nosso) silêncio
Aspirando nosso desejo
Apeteceu-me afogar-me no teu olhar ...
Quiz que fosses mar
Para invadir minha praia,
Quiz ser lua eclipsada pelo teu sol
Cascata caindo no teu regato
Ou passarinho enroscado no teu ninho ...
Hoje, o que queria mesmo, ...
Era um carinho ...

segunda-feira, outubro 20, 2008

Soneto imperfeito (presente envenenado)

Com que lágrimas chorarei o meu triste fado,
Que em tão duras penas me deixou,
O amor que com sua dor me matou
O tempo, meu Amor é presente envenenado?
Para quê chegar a este estado,
Quem eu amei nunca aproveitou;
triste é o viver do meu coração duro
Da tristeza que era alegria no passado.

Passo assim, a vida descontente,
Ao som do silêncio surdo e mudo
Que agonia é de quem sofre e sente!

Por causa de um amor puro
Por culpa de quem me deixou
Por alguém que de mim se ausentou...

13 Linhas Para Viver

1. Amo-te, não por quem és, mas por quem sou quando estou contigo.
2. Ninguém merece tuas lágrimas, e quem as merece não te fará chorar.
3. Só porque alguém não te ama como tu queres, não significa que esse alguém não te ame com todo o seu ser.
4. Um verdadeiro amigo é aquele que te pega na mão e te toca o coração.
5. A pior forma de sentir falta de alguém é estar sentado a seu lado e saber que nunca vais poder tê-lo.
6. Nunca deixes de sorrir, nem mesmo quando estiveres triste, porque nunca se sabe quem se pode apaixonar pelo teu sorriso.
7. Pode ser que tu sejas somente uma pessoa para o mundo, mas para uma pessoa tu és o mundo.
8. Não passes o tempo com alguém que não esteja disposto a passar o tempo contigo.
9. Quem sabe Deus queira que conheças muitas pessoas erradas antes que conheças a pessoa certa, para que quando afinal conheças esta pessoa saibas estar agradecido.
10. Não chores porque já terminou, sorrie porque aconteceu.
11. Sempre haverá gente que te magoe, assim que o que tu tens a fazer é seguir confiando e só ser mais cuidadoso em quem confies duas vezes.
12. Converte-te numa pessoa melhor e que tenhas a certeza de saber quem és antes de conhecer alguém e esperar que essa pessoa saiba quem tu és.
13. Não te esforces tanto, as melhores coisas acontecem quando menos esperamos.

Gabriel García Marquez

domingo, outubro 19, 2008

Outros tempos


Eram outros os tempos
Quando me abraçavas...
Eu nem sabia para onde me levavas
O meu coração saltava
A minha alma voava..
O meu corpo se libertava
Eram outros os tempos
E eu… céus...
Como te amava!

sexta-feira, outubro 17, 2008

Adivinha quanto eu gosto de ti

A Pequena Lebre Castanha, que se ia deitar, agarrou-se bem agarrada às orelhas muito compridas da Grande Lebre Castanha. Quis ter a certeza de que a Grande Lebre Castanha estava a ouvir.
- Adivinha quanto eu gosto de ti - disse ela.
- Ora bem, acho que não consigo adivinhar isso- disse a Grande Lebre Castanha.
- Gosto assim- disse a Pequena Lebre Castanha, esticando os braços o mais que podia. A Grande Lebre Castanha tinha uns braços ainda maiores. Mas eu gosto de TI assim- disse ela.
«Humm, é muito», pensou a Pequena Lebre Castanha.
- Gosto de ti esta altura toda- disse a Pequena Lebre Castanha.
- E eu gosto de ti esta altura toda- disse a Grande Lebre Castanha.
«É mesmo alto», pensou a Pequena Lebre Castanha. «Quem me dera ter uns braços assim.»
Então a Pequena Lebre Castanha teve uma boa ideia. Fez o pino, encostada ao tronco muito esticadinha.
- Gosto de ti até à ponta dos pés!- disse ela.
- E eu gosto de ti até à ponta dos teus pés- disse a Grande Lebre Castanha, fazendo-a girar por cima da cabeça.
- Gosto de ti até onde eu consigo SALTAR! Riu-se a Pequena Lebre Castanha, dando pulos e mais pulos.
- Mas eu gosto de ti até onde eu consigo saltar- sorriu a Grande Lebre Castanha, e saltou tão alto que as orelhas tocaram no ramo da árvore.
«Isto é que é saltar», pensou a Pequena Lebre Castanha. «Quem me dera saltar assim.»
- Gosto de ti o caminho todo até ao rio- gritou a Pequena Lebre Castanha.
- E eu gosto de ti até depois do rio e dos montes- disse a Grande Lebre Castanha.
«É mesmo longe», pensou a Pequena Lebre Castanha. Tinha tanto sono que já quase nem conseguia pensar. Então olhou para além das moitas, para a grande noite escura. Nada podia ser mais longe do que o céu.
- Gosto de ti até à LUA- disse ela, e fechou os olhos.
- Ora, se isso é longe- disse a Grande Lebre Castanha.- É mesmo, mesmo longe.
A grande Lebre Castanha deitou a Pequena Lebre Castanha na caminha de folhas. Inclinou-se e deu-lhe um beijo de boas-noites.
Depois deitou-se muito pertinho e murmurou sorrindo:
- E eu gosto de ti até à Lua... e de volta até cá abaixo."

"Adivinha quanto eu gosto de ti", Sam McBratney (uma bonita história para mais tarde contar à futura Marianinha ou será Francisco? :)



OBS: Porque o amor não obedece a unidades de medida, não tem explicação... Será que o Sardet se inspirou neste pequeno conto? :)

"Gosto de ti desde aqui até à lua,
gosto de ti desde a lua até aqui.
Gosto de ti (...) porque sim
e gosto de viver assim."

Fim-de-semana

Finalmente o final da semana (quase) à porta, passe o redondismo!
Avizinha-se um fds com muita chuva e cinzento. Excelente para ficar a sirandar por casa, embrulhadinha numa manta enquanto desfruto de um bom filme ou som! Os planos já estão traçados e os dados lançados...

quarta-feira, outubro 15, 2008

(in) Conscientemente

Inconscientemente escrevo
Conscientemente medito
Sobre a minha vida
O meu destino.
Da minha falta de tino
Sobre os fungos do passado
Com sabor a futuro
Do que amo e odeio
Ou apenas tolero e aturo
Do tempo gasto à toa
De tudo o que em mim destoa
Do que me fa(e)z sorrir
Daquilo me fe(a)z chorar
Do sentido íntimo
No íntimo sentido
Displicentemente,
Sem saber porquê.
Sem razão aparente
Ironicamente sorrio …
E quase rio
De que matéria será feito o amanhã?

terça-feira, outubro 14, 2008

Non sense ...


Na distância com que te escrevo
Na ténue esperança (ainda) te busco
Mesmo quando penso que desisto,
Mais uma vez cedo …
E me concedo
Em oposição a mim
Ou, oposição a ti
Como poema naufragado
Busco a palavra
Em alcateia de lobos
Encoberta pelos silvados

O teu nome
Corre-me nas veias
Atravessa-me da alma ao ventre
E, de novo,
Na costura rasgada da minha saia,
Sem qualquer esforço ou custo
Tão só ... relva ou musgo.

Neste momento,
Rodo em ventos desgovernados
Entro em parafuso
Giro na roda dos ventos,
Das noras e dos engenhos
E a água grita, uiva e chora
Cristalina
Pura
Dura
É demora ...
É oxigénio
Fonte que move a vida
- verbo de ser e sentir
É cansaço
Vontade de fugir
É fracasso
Lume mortiço de mim mesma
Fraca candeia de curto pavio
Que se apaga …
Presa por um fio


OBS: Porque há dias que nada faz sentido, nem sequer o que escrevemos...

segunda-feira, outubro 13, 2008

Que as lágrimas nunca nos separem...

De volta aos anos 80/ 90 e uma banda que me marcou profundamente - a de Michael Hutchence "INXS", que viveu e morreu (sempre) em excesso, dono de uma voz possante e inconfundível, presença provocatória (comparável talvez ao grande Jim Morrison). Morreu no auge quando tinha ainda muito para dar!...
Lembram-se de "New Sensation", "Need You Tonight", "Mystify", "Original Sin", "Devil Inside", "By My Side" e "Beautiful girl"?!
Difícil para mim escolher, mas vou deixar esta para recordar...

sábado, outubro 11, 2008

Triste fado


Nada existe no meu dia pardo
Que que não seja desalento
Destino... sina ...ou fardo?
Inacção e esmorecimento?
Rascunho pré-desenhado
De um tempo desfiado
Que desaba lento e cardo
Estropiado e esfarrapado

Desdenho a traço largo
O tempo inusitado
Que na bagagem carrego
Será karma?
Será carga?
Sina?
Fardo?
Ou triste fado?

segunda-feira, outubro 06, 2008

Que importa?!.....


Faço do sonho um barco à deriva
Nele deposito a minha alma
Sofrida, vazia e perdida
Na esperança de ficar mais calma
E nesta febre que me assola
Memórias em reboliço…
Já nada me consola
Nada me importa
… Não passa de um mero delírio

quinta-feira, outubro 02, 2008

All by myself

Porque há dias em que nos sentimos inseguros, indiferentes, diferentes, distantes, obscuros... sei lá... assim ... enfim há dias assim ...

Marcando passo

Passo a passo
Neste compasso
Marco o passo
Passo? Não Passo?
O que é que eu faço?
Busco um regaço
Quero um abraço
Ser a dona do paço
Que é feito do laço?
A vida é gélida como aço
O futuro é um fino traço
O presente é tão baço
O passado já era... bagaço