Particularidades das minhas singularidades & Singularidades das minhas particularidades...
sábado, julho 28, 2007
AO VENTO
E se pensas que tive medo
É falso
Apenas dei férias ao meu coração
Um pouco de repouso
E se pensas que me arrependo
Espera
Respira um pouco
O sopro de oiro
Que me empurra para a frente
E…
Faz de conta que rumei ao mar
Que desprendi a vela
Que me fiz ao vento
Encontrei a minha estrela
Faz de conta que deixei a terra
Segui-a por um instante
Sob o vento
E se pensas que acabou
Nunca
É apenas uma pausa, uma repetiçao
Depois do perigo
E se pensas que te esqueci
Escuta
Abre o teu corpo ao vento da noite
E fecha os olhos
E sente
... O vento
quarta-feira, julho 25, 2007
Último Esfuerzo
Por mais que nos esforcemos...de nada vale a pena...tudo (e todos) acaba por nos perseguir como uma sombra no nosso encalço!
By:
Autor da música/ tema: Nuno Peixoto (Beijos e mais não digo só pessoalmente;)) ;
Direcção: Sergio San Martin (Parabéns)
Actor: Miguel Presti (boa expressão facial)
Ayte Dir: Sara Pineda (bom trabalho)
Fotografia: Gail Duboi (Excelente, boas perspectivas)
Edition: Paranoix Entertainment
www.sergiosanmartin.com
By:
Autor da música/ tema: Nuno Peixoto (Beijos e mais não digo só pessoalmente;)) ;
Direcção: Sergio San Martin (Parabéns)
Actor: Miguel Presti (boa expressão facial)
Ayte Dir: Sara Pineda (bom trabalho)
Fotografia: Gail Duboi (Excelente, boas perspectivas)
Edition: Paranoix Entertainment
www.sergiosanmartin.com
quinta-feira, julho 19, 2007
MEU OLHAR
O meu olhar triste,
Perdido,
Vazio,
Ferido,
Algo vago
Por vezes frio
Busquei perdão
Busquei afeição
Busquei um sorriso
Encontrei apenas solidão
Não achei o meu sol
Não encontrei o meu céu
Não achei o meu luar
Nem a quem amar
Olhei para ti
Assim que te vi
Perdi-t(m)me no caminho
Quem me chamar
Tem de ser de mansinho
Vai encontrar este estranho olhar
Uma alegria que um dia se acabou
Reflexos de um amor que findou
No meu olhar...
Existe dor
Existe amor
Existe um olá
Existe um adeus....
quarta-feira, julho 18, 2007
IMPULS(O)E...
domingo, julho 15, 2007
O que eu te quero dizer ...
Quero-te revelar
O meu maior segredo
Sempre te quis amar
Mas tive sempre medo
De me aproximar
Dizer-te aquilo que pensava
Ouço a tua voz
Vinda lá do fundo
Se ficarmos sós
Neste nosso mundo
E agora sei, que o amor
É tudo ou nada
Diz-me que vale a pena
Alma que me condena
Diz-me que vale a pena
Dizer-te o que eu te quero dizer
E o meu coração
Vive num dilema
Será que este amor
Vale mesmo a pena
Ou será melhor
Deixar tudo assim à margem
E a palavra amor
Que nós já gastámos
Fica sempre a dor
Se assim ficarmos
Deste nosso amor
Resta só a tua imagem
(Polo Norte)
(Queria dizer-te ...[ainda bem que não me lês] que estou num dilema, com medo de amar, receio de me aproximar (demasiado), pavor de me magoar, por isso não te disse/ digo nada... nem sei se vale a pena!)
Retomo o meu silêncio no teu!
sexta-feira, julho 13, 2007
Tudo o que eu te dou
Eu não sei, que mais posso ser
Um dia rei, outro dia sem comer
Por vezes forte, coragem de leão
Ás vezes, fraco assim é o coração
Eu não sei, que mais te posso dar
Um dia jóias;
Noutro dia o luar,
Gritos de dor,
Gritos de prazer
Que um homem também chora
Quando assim tem de ser.
Foram tantas as noites
Sem dormir,
Tantos quartos de hotel
Amar é partir...
Promessas perdidas
Escritas no ar
E logo ali eu sei...
Tudo o que eu te dou
Tu me dás a mim
Tudo o que eu sonhei
Tu serás assim
Tudo o que eu te dou
Tu me dás a mim
Tudo o que eu te dou
Sentado na poltrona,
Beijas-me a pele morena
Fazes aqueles truques que,
Aprendeste no cinema
Mais! peço-te eu,
Já me sinto a viajar
Pára, recomeça e faz-me acreditar
Não, dizes tu,
E o teu olhar mentiu,
Enrolados pelo chão no abraço que se viu
É madrugada ou é alucinação,
Estrelas de mil cores, extasy ou paixão
Hum, esse odor, traz tanta saudade
Mata-me de amor,
Dá-me liberdade
Deixa-me voar, cantar e adormecer
Tudo o que eu te dou
Tu me dás a mim
Tudo o que eu sonhei
Tu serás assim
Tudo o que eu te dou
Tu me dás a mim
Tudo o que eu te dou
(Mais uma música sublime do Pedro Abrunhosa... que me traz tanta saudade, mata-me de amor, dá-me liberdade...)
quinta-feira, julho 12, 2007
Ponte da despedida
Existe hoje entre nós
Uma distância colossal
Deveras abismal
Maciça,
Frieza de granito
Porque calamos a voz?
E antes que a saudade me tente
Engulo um grito
A despedida já era
Antes mesmo de o ser
Saudades ...
As evidênciasAfinal nem vale a pena
Já se disse tanto!
Já se disse tão pouco!
Não se disse tudo
Não se disse nada
Ah as distâncias...
O espírito... mudo
Saudades...
Já era de prever
A pronta evidênciaQue se quiz desapercebida
Não existe ponte nem travessia
Nem tristeza, nem alegria
Estamos tão separados como duas colunas
Ás quais o rio beija o chão à cidade.
quarta-feira, julho 11, 2007
Porta trancada
A permanente e constante necessidade de analisar tudo (e todos) até às profundezas, lá no osso, lá nas entranhas, lá no fundo!
O inevitável cuidado (constante e permanente) de nos defendermos, disfarçando... (quase sempre) sentimentos, calamos emoções, calcamos o peito, trancamos o coração, asfixiamos pensamentos, matamos os sonhos à nascença, tropeçamos nos comportamentos que se querem e não se têm, atitudes que deveríamos ter e fazemos precisamente o contrário ou até procuramos responder (quase sempre) a uma pergunta com uma outra pergunta! Evitam-se desilusões, sofrimentos, respostas, ilações e dá-nos mais tempo para pensar no que vamos dizer/ fazer ... Achamos que temos o controlo da nossa vida.
Em suma, passamos a vida a disfarçar, a driblar e a jogar.... com tudo e todos, com capacete e botas de protecção!
São "defeitos" (?) que acabam (quase sempre) por estorvar, afastar abraços que se querem trocar ou apenas desaproveitar êxtases que se desejariam viver...
Desperdícios... desoportunidades .... mandamos a felicidade ir bater a outra porta ou dar uma curva ou simplesmente recusamo-nos abrir a porta como se ela fosse uma intrusa (indesejável) ...
Pior do que tudo, nem sequer nos damos conta!
Um dia.... um dia ... num momento resolvemos abrir a porta e constatamos (quiça tarde demais) que a felicidade foi embora!
quinta-feira, julho 05, 2007
A ESFERA
Por sinal, essa esfera que me tentava sem me olhar,
Nada mais era do que um som
Que me levava a tentar fugir de ti… sair de ti…
Uma vez mais, sem saber porquê,
Uma vez mais, sem saber porquê,
Desisti para te dizer:
Não dá mais, quero mais…e não for assim,
Esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais!
Mais, mais…
Quero mais…
Mais, mais…
Por isso esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais…
Só assim dá para mim conseguir que não doa mais,
Só assim dá para mim conseguir que não doa mais,
Que me deixes ir,
Que me libertes de ti, que não me faças sentir,
E eu não quero cair, não me posso entregar
Sem que percebas que não podes julgar,
E eu quero tentar, poder acreditar
Que o aperto cá dentro
Um dia vai acabar,
E o monstro em mim, não irá sucumbir,
Não desfalece por não conseguir
Que olhes para mim, que me faças existir,
Por isso esconde esse sorriso que me faz querer matar por mais…
Mais, mais...
Mais, mais...
1.º Álbum de Pedro Khima "A Esfera"
http://www.youtube.com/watch?v=huN7vpydWUQ
O Desejo é Fruto de um Conhecimento Insuficiente
Não existe nada mais estranho e espinhoso do que a relação entre pessoas que só se conhecem de vista - que diariamente, mesmo hora a hora, se encontram, se observam e que têm assim de manter, sem cumprimentos e sem palavras, a aparência de desconhecimento indiferente, devido ao rigor dos costumes ou a caprichos pessoais. Entre elas existe inquietação e curiosidade exacerbada, a histeria da necessidade insatisfeita, anormalmente recalcada, de conhecimento e comunicação e sobretudo também uma forma de consideração tensa. Pois o ser humano ama e respeita o outro ser humano enquanto não está em posição de o julgar e o desejo é produto de um conhecimento insuficiente.
Thomas Mann, in "Morte em Veneza"
terça-feira, julho 03, 2007
A vida que nos escapa por entre os dedos
Volta-se o rico para os prazeres da carne e a maior parte do mundo faz o mesmo. E não sem acerto, porque todas as coisas agradáveis devem ser tidas como inocentes, e até que se provem culpadas todas as presunções pendem a seu favor.
A vida já é bastante penosa para que ainda a agravemos com proibições e obstáculos aos seus deleites; tão arisca se mostra a felicidade que todas as portas por onde ela queira entrar devem permanecer escancaradas. A carne enfraquece muito precocemente - e os olhos olham com melancolia para os prazeres de outrora. Muito rápidamente todas as alegrias perdem a vivacidade - e admiramo-nos de como pudessem ter-nos interessado tanto. O próprio amor torna-se grotesco logo que atinge os seus fins. Guardemos o ascetismo para a estação própria - a velhice.
É este o grande drama do prazer; todas as coisas agradáveis acabam por amargar; todas as flores murcham quando as colhemos, e o amor morre tanto mais depressa quanto é mais retribuído. Por isso o passado parece-nos sempre melhor que o presente; esquecemos os espinhos das rosas colhidas; saltamos por cima dos insultos e injúrias e demoramo-nos sobre as vitórias. O presente parece muito mesquinho diante de um passado do qual só retemos na memória o bom, e diante de um futuro que ainda é sonho. O que alcançamos nunca nos contenta; «olhamos para diante e para trás em procura do que não está ali»; não somos bastante sábios para amar o presente do mesmo modo que o amaremos quando se tornar passado. Quando mergulhamos num prazer, o nosso olhar vai para longe - a felicidade ainda não está alcançada apesar de termos o deleite nos nossos braços. Que mau demónio nos afeiçoou assim?
Will Durant, in "Filosofia da Vida"
A vida já é bastante penosa para que ainda a agravemos com proibições e obstáculos aos seus deleites; tão arisca se mostra a felicidade que todas as portas por onde ela queira entrar devem permanecer escancaradas. A carne enfraquece muito precocemente - e os olhos olham com melancolia para os prazeres de outrora. Muito rápidamente todas as alegrias perdem a vivacidade - e admiramo-nos de como pudessem ter-nos interessado tanto. O próprio amor torna-se grotesco logo que atinge os seus fins. Guardemos o ascetismo para a estação própria - a velhice.
É este o grande drama do prazer; todas as coisas agradáveis acabam por amargar; todas as flores murcham quando as colhemos, e o amor morre tanto mais depressa quanto é mais retribuído. Por isso o passado parece-nos sempre melhor que o presente; esquecemos os espinhos das rosas colhidas; saltamos por cima dos insultos e injúrias e demoramo-nos sobre as vitórias. O presente parece muito mesquinho diante de um passado do qual só retemos na memória o bom, e diante de um futuro que ainda é sonho. O que alcançamos nunca nos contenta; «olhamos para diante e para trás em procura do que não está ali»; não somos bastante sábios para amar o presente do mesmo modo que o amaremos quando se tornar passado. Quando mergulhamos num prazer, o nosso olhar vai para longe - a felicidade ainda não está alcançada apesar de termos o deleite nos nossos braços. Que mau demónio nos afeiçoou assim?
Will Durant, in "Filosofia da Vida"
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