sábado, dezembro 16, 2006



OLHARES

Palavras inaudíveis aos ouvidos
Olhares que não se trocam
Nem se cruzam
Gestos perdidos
Carícias à solta pelos ventos
Percorrendo o intocável
Como num sonho volátil
Buscando o improvável
Beijando os teus cabelos
De dedos transparentes
Na pele do teu rosto
Por desvendar

Não penses num minuto escapar
Não sonhes num segundo procurar
Nem sismes no futuro que te fará chorar
Não sigas caminhos sinuosos e torturosos
Nem pretendas saber as regras do que não sabes
Não tentes o segundo na fracção de tempo imediato
Nem sabes onde o consultar para dizeres

Tudo o que me digas não será nada
E chega de rir e sorrir
Coisas tão vãs como trocamos
Não serão nada
Porque nos meandros dos teus olhos
Habitam os meus....

Um comentário:

Anônimo disse...

E, no entanto, o Equinócio de Inverno, está tão próximo...!