Gosto da sonoridade desta canção e da voz do vocalista dos Toranja. Quanto à interpretação ... bem há quem diga que as letras dos Toranja não têm nexo nenhum! Há que tentar interpretá-las cada qual do seu modo. Esta música poderá falar de uma despedida, dum amor que se "quebrou" mesmo não se querendo, de um amor platónico, quem sabe inconcretizável ... Inclino-me para esta opção, de almas sem corpo, de corpos sem alma... Embora continue a achar a letra intimista demais, apenas perceptível para o (a) ele(a)que o viveram … mas que é sem dúvida um poema belíssimo!
Quanto ao video não é oficial mas achei-o engraçado, singelo e muito bem adaptado!
Eu a convencer-te (de) que gostas de mim,
Tu a convenceres-te de que não é bem assim.
Eu a mostrar-te o meu lado mais puro,
Tu a argumentares os teus inevitáveis.
Eras tu a dançares em pleno dia,
E eu encostado como quem não vê.
Eras tu a falar para esconder a saudade
E eu a esconder-me do que não se dizia.
Afinal,
Quebrámos os dois… (2x)
Desviando os olhos por sentir a verdade,
Juravas a certeza da mentira,
Mas sem queimar de mais,
Sem querer extingir o que já se sabia.
Eu fugia do toque como do cheiro,
Por saber que era o fim da roupa vestida,
Que inventara no meio do escuro onde estava,
Por ver o desespero na cor que trazias.
Afinal,
Quebrámos os dois… (4x)
Era eu a despir-te do que era pequeno,
Tu a puxar-me para um lado mais perto,
Onde se contam histórias que nos atam,
Ao silêncio dos lábios que nos mata.
Eras tu a ficar por não saberes partir,
E eu a rezar para que desaparecesses,
Era eu a rezar para que ficasses,
Tu a ficares enquanto saías.
Não nos tocámos enquanto saías,
Não nos tocámos enquanto saímos,
Não nos tocámos e vamos fugindo,
Porque quebrámos como crianças.
Afinal,
Quebrámos os dois… (4x)
É quase pecado que se deixa.
Quase pecado que se ignora.
Nenhum comentário:
Postar um comentário