Anjo! Leva-me nas asas do vento
Muito para lá do pensamentoPor nuvens de sonhos coloridos
Em arco-íris de desejos floridos
Em caminhos iluminados de emoções
Atravesso a distância e o tempo
Por paisagens orvalhadas de luar
Num tapete dourado de estrelas
Esboços que não cabem em telas
Na velocidade do sentimento
Que me impulsiona a te buscar
Sigo nas asas das Fadas, Musas e Anjos Azuis
Que me ensinam poesias
Que guardo para te dar
Na volta dessa viagem
Denoto a mera miragem
Foi apenas um sonho...
Mas ainda sinto no corpo
O perfume das tuas mãos a me acariciar
2 comentários:
Eu tinha umas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Que, em me eu cansando da terra,
Batia-as, voava ao céu.
— Eram brancas, brancas, brancas,
Como as do anjo que mas deu:
Eu inocente como elas,
Por isso voava ao céu.
Veio a cobiça da terra,
Vinha para me tentar;
Por seus montes de tesouros
Minhas asas não quis dar.
— Veio a ambição, co'as grandezas,
Vinham para mas cortar,
Davam-me poder e glória;
Por nenhum preço as quis dar.
Porque as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Em me eu cansando da terra,
Batia-as, voava ao céu.
Mas uma noite sem lua
Que eu contemplava as estrelas,
E já suspenso da terra,
Ia voar para elas,
— Deixei descair os olhos
Do céu alto e das estrelas...
Vi entre a névoa da terra,
Outra luz mais bela que elas.
E as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Para a terra me pesavam,
Já não se erguiam ao céu.
Cegou-me essas luz funesta
De enfeitiçados amores...
Fatal amor, negra hora
Foi aquela hora de dores!
— Tudo perdi nessa hora
Que provei nos seus amores
O doce fel do deleite,
O acre prazer das dores.
E as minhas asas brancas,
Asas que um anjo me deu,
Pena a pena me caíram...
Nunca mais voei ao céu.
[Almeida Garrett in As Minhas Asas ]
Sigo nas asas das Fadas, Musas e Anjos Azuis
E os pobres dos Elfos, não entram nessa categoria?
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