segunda-feira, agosto 06, 2007

LES FEUILLES MORTES



Recordo-me deste poema da minha infância de Jacques Prévert (1945) les Feuilles mortes, que tem tudo a ver comigo. Gosto do outono, das folhas caídas, dos jardins num final de tarde com os seus bancos vazios e as folhas a esvoaçarem como se levassem todos os sentimentos por aí fora sobre o vento, sobre o céu... acho romântico...
Descobri hoje (e esta hein?!!!!) que foi adaptado para o inglês por Johnny Mercer do qual resultou na belíssima canção "Autumn Leaves" (When you went away) cantada por Eva Cassidy. E ainda por cima tenho a canção. Imperdoável não ter reparado :(
Descubram as diferenças ... :)

Oh ! je voudrais tant que tu te souviennes
Des jours heureux où nous étions amis.
En ce temps-là la vie était plus belle,
Et le soleil plus brûlant qu'aujourd'hui.
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle.
Tu vois, je n'ai pas oublié...
Les feuilles mortes se ramassent à la pelle,
Les souvenirs et les regrets aussi
Et le vent du nord les emporte
Dans la nuit froide de l'oubli.
Tu vois, je n'ai pas oublié
La chanson que tu me chantais.

[Refrain:]
C'est une chanson qui nous ressemble.
Toi, tu m'aimais et je t'aimais
Et nous vivions tous deux ensemble,
Toi qui m'aimais, moi qui t'aimais.
Mais la vie sépare ceux qui s'aiment,
Tout doucement, sans faire de bruit
Et la mer efface sur le sable
Les pas des amants désunis.

Les feuilles mortes se ramassent à la pelle,
Les souvenirs et les regrets aussi
Mais mon amour silencieux et fidèle
Sourit toujours et remercie la vie.
Je t'aimais tant, tu étais si jolie.
Comment veux-tu que je t'oublie ?
En ce temps-là, la vie était plus belle
Et le soleil plus brûlant qu'aujourd'hui.
Tu étais ma plus douce amie
Mais je n'ai que faire des regrets
Et la chanson que tu chantais,
Toujours, toujours je l'entendrai !

[Refrain]

Um comentário:

José Fernandes disse...

Fitei-me em ti e vi um buraco negro,

Qual vórtice que me engole num turbilhão de imagens e de sentidos,

Olhei-me nos teus olhos vagos e mais não vi que um vazio de tristeza,

Sinto-te em mim e eu em ti mas isso são apenas os sentidos,

E, as palavras ocas ecoam na minha mente como ecos de um passado que de distante tem tudo o que queria esquecer,

Mas os olhos marejados escondem-me a lama nesta sensação de torpor que me atormenta, ainda penso porque nada pode dar certo, mas enfim...

Agora são mais uns tormentos até o que o derradeiro fim se aproxime e tenha compaixão de mim e me leve nas asas do esquecimento.

Não, não me resta mais nada...