SOLIDÃO AMIGA
Solidão minha amiga fiel
Nos meus dias companheira
Amante nas minhas noites
Castradora dos meus sonhos
Devoradora da minha alma
Que me rouba a calma
Usurpadora do meu sorriso
Inimiga da luz dos meus olhos
Assassina do meu juízo
Mais esta noite e sempre... vens
Nunca bates à porta
Nem pedes licença para entrar
Já me acostumei à tua presença
Sei que vens para ficar
Nunca ficas doente
Muito menos ausente
Sempre disponível
És omnipresente
Mas já não te temo mais
Já me acostumei à tua presença
Do teu olhar gélido
Que me gela o peito
Do teu tacto vazio
Sob o frio do lençol
Do teu sabor amargo
Acre e que sabe a fel
Das tuas gargalhadas de tédio
Bocejos de dor e frio
Queria oferecer-te uma viagem
Um bilhete de ida sem volta
Num destino bem longínquo
Com ida mas sem retorno
Luto, tento, resisto
Sofro, choro, desisto
E a tua imagem
Não sai da minha mente
Onde quer quer que eu vá estás sempre presente
Saio e vou para as ruas
Misturando-me na multidão de anónimos
Pessoas sem rosto, sem nome nem idade
Crispadas da sociedade
Também prisioneiras tuas
Teimas com a tua presença sem licença
Persegues como uma sombra
Esteja ao sol ou na penumbra
Seja primavera, verão, outono, inverno
Esteja de frente ou verso
Por favor vai-te embora, para bem longe
Tira umas férias!
Ou uma licença sem vencimento!
A tua presença é pior que um mau casamento!
Solidão minha amiga fiel
Nos meus dias companheira
Amante nas minhas noites
Castradora dos meus sonhos
Devoradora da minha alma
Que me rouba a calma
Usurpadora do meu sorriso
Inimiga da luz dos meus olhos
Assassina do meu juízo
Mais esta noite e sempre... vens
Nunca bates à porta
Nem pedes licença para entrar
Já me acostumei à tua presença
Sei que vens para ficar
Nunca ficas doente
Muito menos ausente
Sempre disponível
És omnipresente
Mas já não te temo mais
Já me acostumei à tua presença
Do teu olhar gélido
Que me gela o peito
Do teu tacto vazio
Sob o frio do lençol
Do teu sabor amargo
Acre e que sabe a fel
Das tuas gargalhadas de tédio
Bocejos de dor e frio
Queria oferecer-te uma viagem
Um bilhete de ida sem volta
Num destino bem longínquo
Com ida mas sem retorno
Luto, tento, resisto
Sofro, choro, desisto
E a tua imagem
Não sai da minha mente
Onde quer quer que eu vá estás sempre presente
Saio e vou para as ruas
Misturando-me na multidão de anónimos
Pessoas sem rosto, sem nome nem idade
Crispadas da sociedade
Também prisioneiras tuas
Teimas com a tua presença sem licença
Persegues como uma sombra
Esteja ao sol ou na penumbra
Seja primavera, verão, outono, inverno
Esteja de frente ou verso
Por favor vai-te embora, para bem longe
Tira umas férias!
Ou uma licença sem vencimento!
A tua presença é pior que um mau casamento!
Fazes-me tanta falta como uma viola num enterro!
Sofro, choro, desisto
Mas luto, tento e por fim resisto...
Breves momentos em que te ignoro
Volto as costas e faço de conta que nem existes
Sofro, choro, desisto
Mas luto, tento e por fim resisto...
Breves momentos em que te ignoro
Volto as costas e faço de conta que nem existes
E lembro... recordo...
Do suave toque de um beijo
E do doce sabor que me vem
Quando penso nele...
Do suave toque de um beijo
E do doce sabor que me vem
Quando penso nele...
4 comentários:
muito bonito nina
espero que brevemente encontres uma pessoa... com rosto... com nome e com idade, que te ajude a encontrar um bom lugar para a solidão ir de ferias... de preferencia vitalicias.
beijinhos
Frank
"A solidão da poesia e do sonho tira-nos da nossa desoladora solidão." Albert Béguin
A tua poesia tira-nos da solidão!!!
Gostava de perguntar se a foto também é tua, pois está fantástica.
Beijinhos
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