MEU CORAÇÃO, COISA DE AÇO
Ando a procura de espaco para o desenho da vida.
Em números me embaraço e perco sempre a medida.
Se penso encontrar a saida, em vez de abrir um compasso, protejo-te num abraço e gero uma despedida.
Se volto sobre o meu passo, é já distância perdida.
Meu coração, coisa de aço, começa a achar um cansaço esta procura de espaço para o desenho da vida.
Já por fim, dou por mim exausta e descrida, não me animo a um breve traço:
- saudosa do que nao faço,
- do que faço, arrependida.
Minha alma ergueu-se para além de ti...
Tive a ânsia de mais alto ... abri as asas, voei e parti!..."
Um comentário:
O desenho da vida é efectuado assim mesmo. Entre rabiscos e traços mais certos.
Entre o cansaço e a vontade perseverante de continuar o desenho.
Entre partidas e descobertas.
Beijo para ti *
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