domingo, setembro 26, 2010

Desisti...

Há muito tempo que:
  • Desisti de procurar alguém que se escondia de mim.
  • Desisti da mágoa que me abraça o coração.
  • Desisti da tristeza escrita no olhar.
  • Desisti de querer entender o que não entendia.
  • Desisti de "comos", "ondes", "ses" e "porquês"
  • Desisti de quimeras e castelos feitos no ar
  • Desisti de alguém que nunca teve a coragem de dizer o que sentia.
  • Desisti de amar alguém que não quis ser amado.
  • Desisti de ti, mas não de nós... (porque nunca houve um "nós")
Porque por vezes:
  • Desistir não é sinónimo de fraqueza, mas sim de uma grande coragem!
  • Desistir é o único caminho para a alegria e libertação
  • Desistir é a solução para o problema
  • Desisti e não quero mais voltar ao mesmo...


Quem me mandou a mim querer perceber?

«Como quem num dia de Verão abre a porta de casa
E espreita para o calor dos campos com a cara toda,
Às vezes, de repente, bate-me a Natureza de chapa
Na cara dos meus sentidos,
E eu fico confuso, perturbado, querendo perceber
Não sei bem como nem o quê...
Mas quem me mandou a mim querer perceber?
Quem me disse que havia que perceber?
Quando o Verão me passa pela cara
A mão leve e quente da sua brisa,
Só tenho que sentir agrado porque é brisa
Ou que sentir desagrado porque é quente,
E de qualquer maneira que eu o sinta,
Assim, porque assim o sinto, é que é meu dever senti-lo... »


Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXII"
Heterónimo de Fernando Pessoa



***



O que Nós Vemos das Cousas São as Cousas

«O que nós vemos das cousas são as cousas.
Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seria iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma sequestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores.
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores»

Alberto Caeiro, in "O Guardador de Rebanhos - Poema XXIV"

sábado, setembro 25, 2010

Enfim em casa

"Home sweet home...."
UFAAAAAAAAAAAAAA

sexta-feira, setembro 24, 2010

Amor é um, Sexo é dois

Um texto  que me deu muito que pensar...

quinta-feira, setembro 23, 2010

Poema de Outono

Quero apenas cinco coisas...
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.

Pablo Neruda

















 

"Uma árvore em flor fica despida no outono. A beleza transforma-se em feiúra, a juventude em velhice e o erro em virtude. Nada fica sempre igual e nada existe realmente. Portanto, as aparências e o vazio existem simultaneamente." (Dalai Lama)

quarta-feira, setembro 22, 2010

...

A  minha alma cansada e o meu coração cheio de dúvidas carecem de desabafos...Acredito que estas palavras soltas, pelo seu conteúdo, a ninguém interessam ser lidas, pois apenas retratam a revelação de um sentimento demasiado pessoal, que no seu interior (e no meu âmago), me trazem o desconforto do ambiente... Um mal-estar que vem a lume...

Pensamento da noite

O presente é um compasso de espera (angustiado entre as memórias sofridas do passado) e as expectativas e dúvidas do futuro...

Seremos amanhã o que pensarmos e fizermos hoje.

sexta-feira, setembro 17, 2010

Constatações

Não podemos voltar atrás e fazer um novo começo, mas podemos recomeçar e fazer um novo fim!
( Ayrton Senna)

Enquanto aprecio o final da noite, que me espreita pela janela e saboreio uma caneca de chá, dou uma olhadela às noticias, sentei-me aqui para repensar um pouco a minha vida e na vida de tantas pessoas como eu, que sentem que mais um dia terminou e esperam que outro amanheça. Muitas irão dormir com a cabeça cheia de preocupações, outras com a alegria estampada no rosto, outros ansiosos, outras cheias de sonhos e planos...Enfim cada ser humano tem as suas naturais preocupações e alegrias!

Enquanto engulo mais um gole de chá, penso no quanto com o passar dos anos as nossas prioridades se vão alterando.

Até determinada altura é a escolha do curso que se quer tirar, o primeiro emprego, as primeiras contas para pagar, os primeiros namorados, o casamento, os filhos a primeira casa, mas em cada acto da nossa vida, temos sempre um (mesmo) objectivo: encontrar a felicidade.

Em cada pequeno gesto, em cada pessoa que se cruza no nosso caminho, esta procura está sempre presente. Quando já temos tudo para sermos felizes por vezes continuamos a sentir um vazio e reparamos que apenas tivemos fugazes momentos ao longo do nosso percurso, então começamos a acreditar que ela jamais se vai cruzar, connosco, nesta longa e ingrata estrada da vida! Tantas vezes desistimos porque pensámos já não ter tempo ou paciência, e assim vamos continuando o nosso percurso sem felicidade nem ânimo.

Tudo seria mais fácil se vendessem paciência e ânimo nos hipermercados, nas farmácias ou noutro lugar qualquer! A vida seria mais calma se soubéssemos tomar a dose certa. Irritávamo-nos menos nas filas de trânsito, no emprego, em casa, e talvez a tão desejada tranquilidade vestida de felicidade viesse ao nosso encontro.

Quando todas as nossas prioridades acontecerem e continuarmos a sentir um vazio que nos consome por dentro e não nos deixa sonhar, só temos dois caminhos: ou nos acomodamos ou continuamos a nossa viagem por outras estradas. Estradas desconhecidas, incertas, mas que darão um novo alento ao nosso sentir.

Nem que para isso seja necessário recomeçar (tudo) de novo! Deixar para trás, uma vida, bens materiais e concluirmos que a Felicidade não passa pelo outro, mas por nós!
Só assim seguiremos em direcção à Felicidade se acreditarmos que nunca é tarde para recomeçar.

Quando gostamos de nós aprendemos a fazer o nosso caminho. Não vamos correr mais atrás das borboletas, mas cuidar o jardim que há dentro de nós e aí... sim .. elas virão ao nosso encontro! Certamente uma poisará porque encontrará um jardim bem tratado: com carinho, amor e auto-estima. Se assim não for nenhuma poisará por muito tempo. Todas levantarão vôo porque se sentem perdidas num jardim meio desnudado, sem flores a desabrochar, mas a morrer em cada novo amanhecer.

Não é fácil recomeçar, então ficamos à espera que tudo se recomponha, como se o tempo fosse o obreiro de todas as obras.
Toda a minha vida corri atrás das borboletas e esqueci-me de cuidar do jardim que há dentro de mim, deixei murchar todas as flores, caíram todas as pétalas até que já não haver uma única flor. Tinha dentro de mim um jardim de Inverno, em que apenas os troncos estavam de pé e pelo chão, pétalas sem vida.

A borboleta que habitava esse jardim já não tinha vida. Há muito que o sobrevoava como um fantasma. Pouco havia em comum entre mim e essa borboleta apenas a acomodação! Ela tinha medo de perder o porto de abrigo, de procurar outro jardim e eu tinha receio de não ter forças para semear novas flores…

Mas um dia num acto de loucura, lucidez ou coragem, achei que este jardim ainda poderia ter vida, deixei tudo para trás e estou a aprender a colocar novas sementes num jardim ainda desnudado. Sozinha, sem nenhuma borboleta por perto.

Só precisamos ter alguma paciência, não importa o momento em que nos cansámos, o que importa é termos a coragem de recomeçar e fazer um novo fim!

Sem pressas vou caminhando, passo a passo, um pé a seguir ao outro, como uma criança que dá os primeiros passos - atabalhoados - ...

Tenho a consciência que terei pela frente uma longa travessia no deserto com algumas (muitas) tempestades de areia! Só que não posso nem quero voltar atrás. Caso contrário que sentido teriam as lágrimas que derramei? As lutas que travei? Os caminhos que desbravei?

Recomeçar de novo é dar uma nova hipótese a nós mesmos de renovar o jardim que habita dentro de nós, aprender com os erros do passado, mas mais que renovar ou aprender é voltar a acreditar que temos futuro!

Uma porta se fechou, a da estabilidade. Há momentos em que o desânimo quer entrar, mas tento não deixar! Porque este será apenas o início de um novo caminhar. O caminho que escolhemos em busca da paz interior e do sonho renovado.

O meu chá terminou, olho lá para fora e vejo o  lua a esconder-se entre as nuvens, como nós tantas vezes fazemos na nossa vida, escondemo-nos atrás de falsas realidades, de falsos muros que a qualquer momento se desmoronam e nós ficamos perdidos, porque não soubemos saltar o muro antes de ele cair...e tentar uma vida nova do outro lado! Mas o Ser humano é assim mesmo tem medo das mudanças, o desconhecido assusta-o! Mesmo que seja para melhor, mas como vamos saber o dia de amanhã ? O que é certo ou errado? Só arriscando...só tentando...

Eu neste momento só tenho uma certeza vou buscar uma nova caneca de chá ... (e tentar dormir...).


Constatação

Se todos quisessem a Paz, tanto quanto querem um televisor, então teríamos Paz!...

(Talvez fosse se? Não, vou por ali? Mas por ali parece-me tão bem! Não, agora tenho a certeza, vou optar por aquilo! Mas, e se for por ali?!... Arriscar faz parte do verbo "viver"!)

quinta-feira, setembro 09, 2010

quinta-feira, setembro 02, 2010

Constatação da noite

Momentos de estupidez todos temos! Mas uns mais do que outros...


Pensamento da noite

As armaduras que as pessoas colocam... nos tempos actuais....impenetráveis até mais não...

quarta-feira, setembro 01, 2010

As coisas que me dizem...

"Já foste diferente já! Mais romantica, mais sofrida. Agora só queres andar a cavalo na burra!!!" (????!!!)


PS: Mudasti!!!! Ah pois é .... (de cavalo para burra ou de burra a cavalo?!!)



Poesia

Gosto muito de poesia, sinto-a e bebo dela todos os dias, nem sempre no papel, mas sempre na minha alma e coração.
Poesia é como o sangue quente que me corre nas veias, está sempre em mim, mesmo que nem sempre esteja visível aos outros.